18 outubro 2013

Oferta não acompanha a procura


Nos últimos anos o mercado imobiliário tem vindo a adaptar-se à nova realidade da economia nacional e a novos registos na procura de casa. Os primeiros seis meses do ano ainda foram difíceis para quem pensa em comprar casa mas a procura continua, no entanto, segundo o último catálogo de Estudos de Mercado (III Trimestre de 2013), do Gabinete de Estudos da APEMIP - Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, os moldes de pesquisa são mais diferenciados em termos de produtos e restritos no que concerne a valores.


Neste período, as intenções de procura de imóvel para arrendamento aproximam-se dos 45%, em alguns distritos essa realidade atinge mais metade das pesquisas efectuadas. Nas pesquisas efectuadas ao Portal CasaYes, a procura de valores, no âmbito nacional, direccionada para o arrendamento residencial em 39% dos casos efectuava-se entre os 300 e os 500 euros, em 38% para valores inferiores ou iguais a 300 euros e em 14% dos casos entre os 500 a 750 euros.

Contudo, a oferta não acompanha a procura porque nos valores mais procurados que são os mais baixos a oferta é escassa. De facto, apenas 11% dos imóveis para oferta no Portal registaram valores inferiores ou iguais a 300 euros, 44% encerram valores compreendidos entre os 300 a 500 euros e 21% entre os 500 e os 750 euros.

Quanto à procura de imóveis residenciais para aquisição, estes encerraram cerca de 53% das pesquisas efectuadas ao portal imobiliário CasaYes. 24% dessa procura direccionou-se para valores inferiores ou iguais a 75.000 euros, 31% entre os 75.000 e os 125.000 euros e 20% entre os 125.000 e 175.000 euros. Em relação à oferta os valores médios, concentraram-se maioritariamente em torno dos 75.000 até aos 125.000 euros (29%) e entre os 125.000 e os 175.000 euros (20%).

A procura por tipo de imóvel, 57% das pesquisas direccionavam-se para apartamentos e 31% para moradias. Por tipologia a procura continua segmentada, à semelhança da oferta, maioritariamente nos T2 e T3.

Lisboa o município mais procurado

No primeiro semestre do ano, o município de Lisboa lidera no âmbito dos concelhos mais pesquisados com 11%, na procura de apartamentos com 15,6%, no que concerne a imóveis não residenciais encerra cerca de 7%, nos imóveis para compra 8% e para arrendamento 14%. Na procura de moradias Vila Nova de Gaia continua a assumir essa primazia com quase 5% de pesquisas geradas, ocupando Lisboa, o quinto lugar. No que se refere ao arrendamento, as pesquisas centralizaram-se maioritariamente em municípios das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto.

Apartamentos T2 e T3 lideram na procura

Do lado da oferta, as movimentações tentam na generalidade fomentar a procura existente no mercado. No primeiro semestre, tanto a procura, como a oferta imobiliária centralizam-se maioritariamente no produto “apartamentos”, e em menor grau no produto “moradia”. Numa análise por tipologias a oferta concentrou-se maioritariamente nos T2 e T3, com crescente relevância dos T1.

Os valores de mercado para venda na área residencial, evidenciou-se uma elevada concentração entre os 75.000 e os 125.000 (com 29%) e entre os 125.000 e os 175.000 euros (20%). No que concerne a valores por metro quadrado (euros/m²), a oferta residencial nacional concentrou-se no intervalo entre 1.000 e 1.500 euros/m2 (representando 34% dos imóveis disponibilizados no Portal CasaYes).

Fonte: Diário Imobiliário

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