14 julho 2012

Casa sustentável


SXC
“Cada vez mais, grandes empreendimentos e empresas estão procurando certificações e soluções ecologicamente alinhadas com a nova mentalidade do consumidor e com uma sociedade que busca mais qualidade de vida. Acho que ainda resta separar o que é marketing verde do que é verdadeiramente solução. Pensar verde nem sempre é usar e abusar de tecnologia; às vezes, simples soluções de projeto fazem um prédio mais económico em termos ambientais”, defende a arquiteta Elenara Stein Leitão, pesquisadora de soluções ecológicas.

O engenheiro civil Ricardo de Araújo Ramos, da RZA Engenharia de Resultado, concorda que a preocupação ambiental originou-se de uma mudança de consciência do consumidor e foi absorvida aos poucos pelas empreendedoras, que perceberam um novo nicho de mercado, o que ele chama de “economia capitalista sustentável”.

O engenheiro explica: “Dentro de um cenário mundial em que historicamente a indústria da construção civil foi responsabilizada por impactar negativamente o meio, pelo uso de materiais e processos de conversão altamente agressivos e geradores de resíduos, hoje ela não vê outra saída que não a busca pela melhoria de sua gestão, para se alinhar com os objetivos e necessidades desse novo padrão de economia sustentável.”

Reforma consciente
Mas não é só no momento da construção que as questões ambientais devem ser consideradas. Durante uma reforma, diversas escolhas possibilitam reduzir o impacto de sua moradia. Elenara faz algumas recomendações, como considerar a origem dos materiais. “Não adianta importar um maravilhoso produto eco de bem longe, se o gasto energético em transporte supera o ganho ambiental. As alternativas ecológicas nunca são pontuais; elas são um conjunto de soluções que passam por um projeto bem pensado, que evite retrabalho e desperdício de material”, avalia.

Seguindo essa linha de raciocínio, seria considerado ecologicamente incorreto desmanchar uma construção para fazer de novo. O recomendado é procurar aproveitar o existente – ou seja, reduzir material novo e reutilizar o velho. Não é necessário, por exemplo, trocar os móveis de um ambiente inteiro se somente mudar os puxadores das gavetas e modernizar as portas do armário já solucionam o problema. Da mesma forma, seria errado demolir um imóvel para erguer no local outra construção. O ideal é adaptar o existente às suas necessidades.

Pensar diferente
Não existe um manual do ecologicamente correto. Por isso, é importante entender o conceito, as formas de agressão ambiental – para ser possível evitá-las – e incluir na rotina diária atitudes que colaboram com o ambiente. Pensando dessa forma, torna-se lógico aproveitar as garrafas plásticas (PET) de refrigerante na horta de casa, e utilizar a própria plantação para refrescar o ambiente. Isso já está sendo aplicado inclusive em apartamentos.

Uma sugestão é pendurar (com materiais descartáveis ou pouco agressores, como bambu) nas janelas da sala as garrafas pets cortadas ao meio com as plantas. Além de embelezar o ambiente, diminui a entrada da luz. Não se esqueça de escolher espécies que sejam adequadas para a quantidade de sol a que irão ser submetidas.

Fonte: Revista Pense Imóveis

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