O Novo Banco pretende vender activos imobiliários no valor de cerca de 200 milhões de euros, de acordo com fontes citadas pela Bloomberg. Estes activos estão nas mãos da ESAF.
O Novo Banco pretende vender activos imobiliários no valor de cerca de 200 milhões de euros. A notícia está a ser avançada pela Bloomberg, que cita três pessoas com conhecimento da operação. Serão menos de 20 propriedades comerciais entre as quais estarão lojas, escritórios e armazéns. Estes activos estão nas mãos da Espírito Santo Activos Financeiros (ESAF).
De acordo com a agência de informação norte-americana, esta operação estará entre as maiores no sector imobiliário em Portugal desde 2006, ano em que a José de Mello vendeu um conjunto de propriedades à JPMorgan por 260 milhões de euros.
Ainda antes de ter sido criado o Novo Banco, que ficou com os activos não tóxicos do BES, Vítor Bento, a 30 de Julho, líder à época do BES - e posteriormente do Novo Banco até 16 de Setembro (e foi sucedido por Stock da Cunha) - revelou que a instituição iria vender todos os activos possíveis. O Banco Espírito Santo vai avaliar os activos que tem em carteira para possíveis alienações. O plano na altura não estava definido, mas no comunicado era referido que "o plano do BES para o futuro" era claramente a venda de activos.
A ESAF, onde estão estes activos, enfrenta uma fuga de capitais. Em Julho, de acordo com dados da APFIPP, saíram 748,7 milhões de euros. Em Agosto saíram mais 334,7 milhões de euros. No entanto, a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) publicou esta segunda-feira, as perguntas e respostas sobre a resolução do BES, onde salienta que o dinheiro aplicado nos fundos de investimento está a salvo em situações de falência da entidade que os comercializa. Os montantes não estão na instituição, mas sim aplicados em activos. São patrimónios autónomos, esclarece a CMVM, sublinhando que os subscritores dos produtos da ESAF só podem ser afectados pela exposição das carteiras.
O regulador do mercado de capitais português esclarece que "os fundos de investimento são patrimónios autónomos fraccionados em unidades de participação". Ou seja, o dinheiro não está na instituição onde o investidor subscreveu o produto.
Assim, "apenas poderão ser afectados pela medida de resolução os detentores de unidades de participação dos fundos de investimento mobiliário cujas carteiras de investimento estejam expostas, directa ou indirectamente, a acções do BES ou a outros activos cujo emitente ou devedor não seja o Novo Banco e continue a ser o BES ou empresas pertencentes ao Grupo Espírito Santo.
Fonte: Negócios

0 comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.