18 abril 2015

Lisboa: O mercado de Casas de Luxo


O mercado de casas de luxo na cidade de Lisboa tem vindo a crescer e quem pensa que os investidores pretendem apenas um Visto Gold… pensa errado. Mesmo que o programa tenha impulsionado a compra e venda destes imóveis para um segmento médio/alto, existem muitas famílias que pretendem viver na capital portuguesa numa casa de qualidade.

Na verdade, os investidores demonstram estar mais optimistas e preferem transformar o capital disponível em bens imobiliários, considerado ainda o melhor investimento. No entanto, Manuel Neto, License Partner Engel & Völkers das lojas Parque das Nações, Cascais e Restelo, revela que “nem todos compram com o objectivo de investir, mas sim para habitação própria ou como segunda casa para as férias em família”.

E para quem pretende comprar uma casa de luxo em Lisboa terá de gastar em média entre um milhão e meio e os quatro milhões de euros.

Para valores desta natureza naturalmente que não existem muitas famílias portuguesas capazes de os atingir mas para os estrangeiros são preços dentro das suas capacidades. De acordo com Manuel Neto, a procura por parte de clientes estrangeiros para este tipo de imóveis diverge consoante a origem ou a finalidade da compra.

Chineses preferem zonas modernas e os franceses zonas históricas
“O mercado chinês privilegia as zonas modernas e mais cosmopolitas da cidade, valorizando os imóveis mais recentes e contemporâneos, apreciam o que é novo e a estrear. Neste nível de preços, a segurança é outro dos factores valorizados pelos compradores, dando prioridade a condomínios com todo o tipo de facilidades e conforto. Analisando o mercado francês, verifica-se, na sua maioria, uma tendência para os edifícios de época remodelados, onde o charme do centro histórico da cidade desempenha um papel cada vez mais importante”, salienta o responsável.
A procura de casas de luxo na cidade de Lisboa tem crescido e em 2014, o valor total de vendas efectuadas pela Engel & Völkers superou os 20 milhões de euros. “Mais de metade deste valor podemos considerar que se trataram de imóveis de sector de segmento alto ou de luxo”, admite Manuel Neto.

A diferença entre imóveis de segmento médio alto e casas de luxo
O responsável esclarece ainda que existe uma diferença entre os imóveis que estão mais na mira dos investidores para obtenção dos Vistos Gold e o mercado de luxo.
Manuel Neto explica: “Será necessário primeiro chegar a uma definição de ‘Casas de Luxo’. Nós caracterizamos o sector em segmento alto e médio alto, onde o médio alto está posicionado nos valores entre os 500.000 e 1 milhão de euros. O programa Golden Visa encontra-se exactamente neste sector médio alto, e a maior parte dos imóveis em venda são dentro destes valores. Mais importante para o sector alto tem sido o programa para residentes não habituais que tem motivado clientes internacionais (na sua grande maioria franceses e do norte da europa) a alteraram sua residência para Lisboa e investirem em imóveis de primeira habitação”.

Reabilitação também tem contribuído para valorizar o património da capital
Também a reabilitação que se tem verificado na cidade de Lisboa tem servido como uma grande mais-valia, no sentido de despertar o interesse de quem procura comprar para investimento ou para habitar. “Por outro lado a reabilitação contribui para a maior valorização do bem patrimonial e foi um impulso importante para criar o interesse estrangeiro e nacional neste tipo de imóveis”, conclui.

Fonte: Diário Imobiliário

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