“O empreendimento Casas da Fábrica foi concebido, desde início, para ser um projeto diferenciador na cidade do Porto e, em especial, na zona em que se insere”, destaca Paulo Moura, administrador da Osório de Castro Investimentos Imobiliários SA. Para levar a cabo este desafio, o promotor convidou o atelier de arquitetura Barbosa & Guimarães, que com uma equipa liderada pelo arquiteto José António Barbosa, “conseguiu criar uma excecional solução arquitetónica, de reabilitação e integração urbana”, acrescenta o responsável.
O condomínio Casas da Fábrica resulta da reabilitação de um antigo edifício industrial, onde estava instalada a Fábrica Matos & Irmãos. De acordo com o promotor, “devido ao elevado estado de degradação do imóvel só foi possível manter e reabilitar totalmente a fachada que era também o elemento mais relevante do conjunto preexistente”. O restante edifício foi desenvolvido aplicando soluções marcadamente modernas, tendo por base o elemento fundamental e agregador que constitui a fachada. O edifício desenvolve-se num gaveto o que permitiu criar um condomínio com uma significativa área de jardim, de uso exclusivo dos moradores, e que lhe confere um nível de segurança e tranquilidade único.
“Projetar as Casas da Fábrica foi para mim um grande desafio. Procuramos criar um edifício de grande qualidade que integra de uma forma harmoniosa a fachada preexistente - classificada pela Câmara Municipal do Porto - e organizar todas as habitações de modo a usufruírem do grande jardim localizado no interior do quarteirão.”, afirma o Arqt.º José António Barbosa, autor do projeto.
Na opinião de Paulo Moura, “o resultado deste trabalho de arquitetura foi a criação de um conjunto de apartamentos de elevada qualidade, com muito boas áreas e acabamentos, tirando partido de uma exposição solar privilegiada, tendo sido possível, com uma fachada para o interior do jardim, com uma área significativa de vidro e grandes varandas, dar uma luminosidade muito significativa a cada apartamento”.
Apesar de só ter sido possível manter a fachada principal, “esta introduziu um grau de complexidade no projeto uma vez que todos os apartamentos ficaram condicionados pela métrica dos vãos existentes”. Esta característica acrescenta, se, por um lado, permitiu criar alguns apartamentos com particularidades, como desníveis e janelas de diferentes formatos, por outro, criou enormes desafios de arquitetura na divisão de algumas áreas.
Alerte-se, ainda, para o facto de “a fachada existente ter sido intervencionada de forma a garantir o seu perfeito funcionamento do ponto de vista térmico e acústico, sendo assim possível garantir a mais alta classificação energética para todas as frações”, destaca Paulo Moura
O resultado final desta reabilitação é excecional a nível arquitetónico e de reabilitação urbana, tendo sido possível devolver a esta zona da cidade um imóvel de relevante interesse arquitetónico e patrimonial.
Apartamentos e moradias
O condomínio Casas da Fábrica é constituído no total por 36 frações de habitação, sendo 32 apartamentos, com tipologias do T0 ao T4, e ainda quatro moradias T4, cada uma delas com um jardim privativo. As tipologias apresentam áreas muito acima da média e estão dotadas de grandes varandas. As cozinhas são equipadas com eletrodomésticos topo de gama e todo o empreendimento tem um sistema de painéis solares para aquecimento das águas sanitárias e das habitações. “A escolha rigorosa dos materiais e das técnicas construtivas permitiu que a todas as frações tivesse sido atribuída certificação energética Classe A ou A+”, realça.
“Para garantir esta certificação energética foi feito um esforço grande na escolha de materiais de qualidade, soluções construtivas e de isolamento rigorosas, fachadas de vidro com corte térmico, sistemas de aquecimento nos apartamento e um sistema de painéis solares para todo o empreendimento. Nas moradias, foi também utilizado um sistema de ajardinamento das coberturas.
O empreendimento tem, ainda, quatro lojas, duas delas na Rua da Alegria e as outras duas, na Rua Professor Correia de Araújo. De acordo com Paulo Moura, “a comercialização está a decorrer bem e começamos agora a sentir que a dinâmica do mercado está melhorar”. Na sua opinião, “a perceção, por parte dos clientes, das características únicas e da qualidade do empreendimento tem sido muito importante. Neste momento as tipologias mais pequenas já estão vendidas, sendo que os preços dos T2 começam nos 198.000 euros”.
Parceiro muito importante
“O banco Santander Totta tem sido, desde o início deste projeto, um parceiro muito importante para a concretização e para o sucesso do empreendimento. Perceberam desde o início o esforço que colocámos na conceção de um projeto de qualidade e diferenciado, alicerçado num profundo trabalho de reabilitação”, destaca o administrador.
De acordo com Paulo Moura, o protocolo existente com o banco Santander permite o financiamento dos clientes com condições muito vantajosas, assim como a análise de outras soluções complementares para aqueles que querem adquirir a sua nova casa no empreendimento Casas da Fábrica, mas necessitam, igualmente, de vender a sua casa atual. “Mesmo no contexto económico difícil, que temos atravessado, com limitações ao crédito por parte dos bancos, a disponibilidade do banco Santander tem sido excecional, mesmo para as situações mais difíceis e complexas de financiamento”, acrescenta.
Sobre o atual momento que vive o mercado imobiliário, Paulo Moura considera que “com ritmos e características diferentes, os mercados de Lisboa e Porto recomeçam a ganhar uma certa dinâmica”. Na sua opinião, “a confiança no sector e a capacidade de todos os stakeholders envolvidos, vai evoluindo de uma forma sustentada e consistente, o que faz com que a médio prazo e, igualmente dependente de um conjunto de fatores mais globais do ponto de vista económico e político, possa ser possível ter este mercado num patamar de crescimento sustentável”. Acrescenta que “o reajustamento que este sector sofreu, nos últimos anos foi muito forte e, provavelmente, as características da sua dinâmica serão sempre diferentes daquilo que foram há uns anos, mas seguramente, com uma atuação de todos os envolvidos, necessariamente diferente também”.
Investoc vende Palácio dos Ferrazes na Rua das Flores
O grupo Investoc, que agrega os investimentos da Osório de Castro, está a vender o Palácio dos Ferrazes, um imóvel localizado Rua das Flores, na Baixa do Porto, para onde está previsto um projeto hoteleiro. O imóvel destinado à reabilitação é promovido em parceria e, inicialmente, a intensão era avançar com a construção de uma unidade hoteleira de charme da cadeia Inspira.
Aliás, em Lisboa, a Investoc tem em funcionamento o hotel Inspira Santa Marta, que resultou, igualmente, da reabilitação de um imóvel classificado junto à Avenida da Liberdade. Recentemente a Investoc concluiu a reabilitação de um outro edifício, destinada a escritórios, na Av. Barbosa du Bocage.
Fonte: Vida Económica
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