O Portuguese Housing Market Survey de Junho, produzido pelo RICS e pela Confidencial imobiliário, revela que apesar das transações no mercado de compra e venda de casa continuarem a cair, o ritmo desta queda é o mais lento verificado desde Setembro de 2010.
Os preços caíram também a um passo ligeiramente menos acelerado que no mês passado, com o saldo de respostas relativas à sua evolução a melhorar 9 pontos, passando de -63 para -52 (indicando que 52% dos respondentes observou mais quedas do que aumentos de preços).
As baixas de preços continuam a resultar da quebra da procura, já que o aumento da oferta não se apresenta como um problema com as instruções de venda a caírem desde Dezembro de 2010. O índice nacional de confiança – medida composta baseada nos preços e expectativas relativas a vendas – permaneceu negativo situando-se de momento em -34.
Entretanto, o mercado de arrendamento continua a beneficiar das quebras nas vendas, uma vez que as famílias, não conseguindo aceder a financiamento bancário, optam por arrendar. A procura por parte dos arrendatários continua a aumentar e as expectativas relativas ao arrendamento são positivas. No entanto, o valor das rendas tem caído e as expectativas mostram-se negativas.
Ricardo Guimarães, Diretor da Confidencial Imobiliário, sublinha: “Portugal tem beneficiado das sucessivas avaliações positivas no âmbito do plano internacional de resgate. Tal tem contribuído para uma maior credibilidade do país junto das autoridades e mercados internacionais.
Todavia, alguns agentes imobiliários alertam que os potenciais compradores temem ainda que os preços das casas caiam mais. Em contraste, outros agentes mencionam que alguns dos proprietários antecipam uma reviravolta e por isso não têm aplicado descontos adicionais.”
Josh Miller, Economista Sénior do RICS, acrescenta: “Os volumes de vendas e os preços das casas continuam em queda, mas a atividade no mercado de arrendamento está em crescimento, uma vez que as famílias que não conseguem aceder ao crédito à habitação optam por arrendar.
Apesar do aumento da procura, as rendas têm caído, esperando-se que assim permaneçam no curto prazo. As restrições de acesso ao crédito, um excesso de stock no mercado de arrendamento e um possível desajustamento entre a oferta e a procura são fatores a considerar.”
Fonte: Ci
0 comentários:
Enviar um comentário
Obrigado pelo seu comentário.