19 novembro 2012

Futuro 'negro' para a mediação imobiliária


As empresas de mediação imobiliária estão pessimistas quanto ao futuro. A razão deste desalento vem também pela diminuição da emissão de licenças para novas empresas.

As empresas de mediação imobiliária estão pessimistas quanto ao futuro. A razão deste desalento vem também pela diminuição da emissão de licenças para novas empresas.


Para os próximos três meses, as expectativas das empresas de mediação imobiliária estão envoltas, à semelhança do país, num cenário tendencialmente pessimista, em que a austeridade financeira impera. No entanto, foi possível observar um ligeiro optimismo do mercado nos meses de Verão, nomeadamente entre Julho e Agosto, para os quais contribuiu o turismo.

De acordo com o mais recente Catálogo de Estudos do Mercado do Gabinete de Estudos da APEMIP - Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, a análise do número e das dinâmicas das empresas de mediação imobiliária reveste-se de um cariz importante para a compreensão dos fluxos inerentes ao sector. Permite perceber como as empresas se estão a ajustar perante os condicionalismos que hoje enfrentam.

Menos licenças para empresas de mediação

Em termos agregados, nos primeiros sete meses do ano veicularam em média cerca de 22 licenciamentos, uma dinâmica inferior à observada em anos anteriores, fruto da deterioração do tecido económico-social que afecta a fileira da construção e do imobiliário.

A diminuição na emissão de novas licenças é uma realidade, reflexo da crise que assola o país e particularmente esta fileira, sendo indissociável da crescente deterioração que assola o país em termos económico-financeiros e sociais.

Ao longo do período entre Janeiro e Julho de 2012, o número de licenciamentos tem oscilado entre um mínimo de 10 novos licenciamentos, em Fevereiro, e um máximo de 29 em Março.

Beja, Guarda, Portalegre e Vila Real no fundo da tabela

Colocando o enfoque da análise ao nível dos distritos, é possível observar que em Beja, Guarda, Portalegre e Vila Real não se registaram, de Janeiro a Julho do ano corrente, quaisquer licenciamentos de novas empresas.

Ao longo do período mencionado é possível observar que, em distritos como Faro, Lisboa e Porto as dinâmicas deste ano, apesar de inferiores às obtidas no passado, conseguem ser melhores do que os referenciais mínimos actuais.

Mesmo em tempo de crise parece continuar a existir capacidade de atracção de investimentos e de novos actores.

Fonte: www.tormo.pt

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