24 janeiro 2013

Oferta e procura de habitação de mãos dadas em Sesimbra


No concelho de Sesimbra a procura de casas para aquisição encontra-se em sintonia com a oferta, constituída, essencialmente, por apartamentos T2 e moradias até T3. Os proprietários têm incentivos para a reabilitação.

Os apartamentos T2 e as moradias até T3 dominam, por completo, a procura e a oferta de casa no concelho de Sesimbra.

De acordo com os dados da Confidencial Imobiliária, nas três freguesias do concelho de Ermesinde existem 1619 fogos para venda, sendo que 23% são apartamentos T2, e 45% são moradias até T3. Os restantes são moradias T4 ou superior (16%), apartamentos T3 (7%), T1 com 5%, e, por fim, os T4 ou superior, com 1%.

Curiosamente, do lado da procura, verifica-se que os T2, com 24%, e as moradias até T3, com 42%, são, também, as tipologias mais procuradas por quem compra casa neste concelho. Ou seja, contrariamente à generalidade dos concelhos do país- já analisados pelo Público Imobiliário - onde a oferta e a procura se encontram desfasados, nesta região o mercado imobiliário apresenta uma grande sintonia.

A situação é, ainda, mais interessante quando identificamos a situação da freguesia da Quinta do Conde, que, apesar de não ser a maior em território, é a que apresenta o maior número de casas em oferta. Ou seja, 1138 no total, sendo que 22% são T2 e 50% moradias até T3. Quanto à procura verificamos que se concentra nos T2, com 25%, e nas moradias até T3, com 47%.

Parte significativa a oferta imobiliária é constituída por frações de habitação usadas, atingindo 60% nas três freguesias que constituem o concelho de Sesimbra. Também neste aspeto a procura está em quase sintonia com a oferta existente, já que os clientes escolhem mais o imobiliário usado (58%) e só depois o novo (42%). Na freguesia da Quinta do Conde verificamos que a opção pelos fogos usados é, ainda, maior (62%), seguindo-se o imobiliário novo com 38%. 

“Casas vão-se vendendo”

Em média uma casa demora um ano a vender em Sesimbra, sendo que, apesar do excesso de oferta que a Quinta do Conde apresenta, as vendas nesta freguesia são ainda mais rápidas. Ou seja, de 11 meses. No último ano foram transacionadas 568 casas no concelho de Sesimbra, sendo que 369 aconteceram na Quinta do Conde. Este facto permite estimar que a oferta atual vai demorar sete anos para ser escoada.

Esta situação é confirmada por dois mediadores imobiliários que trabalham o concelho. Na opinião de José Carlos Duarte Nascimento, proprietário da imobiliária com a mesma designação, “as casas vão-se vendendo, especialmente quando os preços são aliciantes para investidores e alguns particulares”. 

Embora reconheça que o ritmo de vendas é inferior ao que acontecia até meados de 2011, também Miguel Cardoso, franchisado da ERA Quinta do Conde, diz “continuarem a existir vendas de investimento, especialmente de tipologias T2, destinadas ao mercado de arrendamento”.

O mercado imobiliário está especialmente concentrado na freguesia da Quinta do Conde, sendo que na vila de Sesimbra “o mercado está mais parado e é mais difícil vender”. A vila, de grande tradição náutica e piscatória e nos últimos anos marcadamente turística, tem apostado na reabilitação tanto do centro urbano e do espaço público.

Redução no IMI

Em Sesimbra existem incentivos para os proprietários que efetuem obras de recuperação dos edifícios, que se traduzem numa minoração da taxa do IMI, por um período de cinco anos, e podem ser de 10, 20 ou 30%.

Assim, de acordo com a informação fornecida pela autarquia, em caso de recuperação integral do prédio, interno ou externo, sem aumento de Superfície Total de Pavimento (STP), a redução é de 30%. Para os proprietários que efetuem a recuperação geral externa ou recuperação geral de infraestruturas internas, sem aumento de STP, o incentivo é de 20%. Por último, o benefício é de 10% se a recuperação for parcial e existir um aumento de STP.

No conjunto, “estas medidas são importantes para melhorar a qualidade das habitações, para as valorizar e reforçar a atratividade da vila em termos turísticos”, alerta fonte da Câmara de Sesimbra.

Fonte: Público

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