30 março 2013

Quase 60% da oferta logística está na zona de Lisboa


De acordo com o relatório Business Briefing do Ranking dos Operadores Logísticos 2013, realizado pela Cushman & Wakefield em conjunto com a revista Logística Moderna, Lisboa continua a liderar a concentração de espaços logísticos em Portugal, concentrando 58% do total, nomeadamente no eixo Alverca-Azambuja. Este relatório tem com o objetivo de retratar o segmento logístico em Porugal na prespetiva do utilizador.

Lisboa lidera as percentagens com 58% do total de espaços logísticos, enquanto que as restantes instalações se distribuem pelo Grande Porto (16%) e pela zona Centro (12%).

A primazia do Eixo Alverca-Azambuja, a zona prime do mercado industrial da Grande Lisboa, é confirmada pelos operadores logísticos na sua opção de localização. É nesta zona que se concentra a maioria das instalações na Grande Lisboa, cerca de 305.000 m2 de espaços. Segue-se a zona de Loures, que tem vindo a beneficiar das excelentes infraestruturas rodoviárias recentemente desenvolvidas na região, ultrapassando inclusive o Eixo Almada-Setúbal em comparação com a anterior edição do inquérito em 2011.

No que diz respeito às especificações técnicas dos armazéns, verifica-se uma predominância pela opção de espaços com cais de carga, com 75% das empresas a reportarem que trabalham em instalações com esta valência, com a zona Norte a apresentar o maior peso, 83%. Em média as empresas trabalham com 13 cais de carga por instalação logística, sendo as regiões da Grande Lisboa e Porto as que verificam maior número médio de cais de carga.

Quanto ao pé direito médio dos armazéns, os inquiridos reportaram trabalhar em instalações com um pé direito médio de 8 metros, sendo que na zona da Grande Lisboa este valor sobe para os 8,8 metros. Em Lisboa, os eixos Alverca-Azambuja e Montijo-Alcochete são os que reportam pés direitos mais elevados.

Verifica-se também que a qualidade dos armazéns está diretamente ligada à idade dos imóveis, pelo que quanto mais recente é o projeto, maior qualidade se espera que ele tenha. O parque de armazéns ocupado pelos operadores logísticos inquiridos regista uma idade média ainda considerável, quando relacionada com as outras características analisadas, como a presença de cais de carga ou o pé direito das plataformas.

Em média, os imóveis ocupados pelos operadores logísticos em Portugal têm 12 anos de idade, construídos no início dos anos 2000. Os espaços da zona Centro e Norte são os mais antigos, sendo na região do Grande Porto e zonas do Alentejo, Algarve e Ilhas onde se encontram os armazéns mais recentes.

No que se refere à propriedade dos imóveis, os dados recolhidos retratam um mercado cada vez mais profissionalizado no que ao imobiliário se refere, com um peso considerável dos operadores a arrendarem os espaços que ocupam. Em média, 70% dos inquiridos são inquilinos dos armazéns em que desenvolvem a sua atividade, sendo a zona Norte a que maior peso regista neste tipo de ocupação.

Neste relatório, verificou-se que logo depois dos custos de transporte, os custos de armazenagem são os que mais peso têm na estrutura de custos dos operadores.

Nomeadamente os valores de arrendamento praticados, continuam a confirmar a exigência em termos de qualidade dos operadores logísticos, o que naturalmente se retrata nos valores de renda.

No entanto, a atual conjuntura que o mercado imobiliário atravessa afetou igualmente este setor, e os operadores logísticos que optam pelo arrendamento reportam valores médios de renda inferiores ao último inquérito, na ordem dos 3,8 €/m2/mês. A média mais elevada é praticada na região do Grande Porto, 5,2 €/m2/mês, dado haver alguma escassez de produto de qualidade disponível nesta região do país.

No que diz respeito às expectativas quanto à evolução das rendas de mercado, espera-se que haja uma compressão dos valores. Cerca de 66% dos operadores logísticos participantes antevê uma descida dos valores, 28% esperam uma manutenção e apenas 6% acredita que se irá assistir a uma subida das rendas a médio prazo.

Já no que concerne as melhores localizações logísticas em Portugal, a Zona I (Eixo Alverca-Azambuja) da Região da Grande Lisboa é eleita por 41% dos inquiridos como sendo a melhor localização do mercado logístico nacional, sendo que as subzonas mais destacadas neste eixo sã Alverca, Azambuja e Carregado. Cerca de 15% aponta a região do Grande Porto como a melhor localização; e a zona Centro e eixo de Loures (Zona 3) da Região da Grande Lisboa, reuniram, cada uma delas, cerca de 12% dos votos.

No que diz respeito às expectativas de evolução futura desta atividade, a maioria dos inquiridos mostraram-se surpreendentemente otimistas, embora tenham noção do impacto da atual crise no seu setor de atividade. Deste modo, mais de metade (55%) dos inquiridos reconhece que a atual crise económica afetou muito a sua atividade e apenas 12% considera que esta não a afetou em nada.

Fonte: VI

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.