03 abril 2013

Bancos portugueses devem vender 10 mil imóveis este ano


Número de moradias e apartamentos vendidos pelos bancos portugueses deverá quase duplicar este ano e representar mais de 20% do mercado imobiliário.
Os fortes descontos que os bancos estão a aplicar nos preços das habitações que estão a vender estão a animar o mercado imobiliário português.

De acordo com as estimativas de Manuel Alvarez, director regional da RE/MAX, os bancos deverão comercializar este ano um total de 10 mil imóveis, bem mais que os 6 mil vendidos em 2012.

A concretizar-se este número, as vendas a realizar pelos bancos deverão representar 22% do total estimado para o mercado português estes ano. Os especialistas do sector consideram que o forte aumento da oferta está a ser impulsionado pelo facto de os bancos estarem a vender os imóveis com descontos acentuados, o que atrai mais procura.

“Os bancos têm que se livrar dos seus activos imobiliários e para o fazerem, têm de criar procura”, afirmou à Bloomberg Walter Fabrega, responsável da Jones Lang LaSalle para o mercado português, acrescentando que esta “procura tem que ser criada através de elevados descontos”.

É o que os bancos têm feito. O BCP lançou recentemente uma campanha para a venda de 700 imóveis, prometendo um desconto de até 12% sobre preços que já seriam promocionais.

Em declarações à Bloomberg, o administrador do BCP, Miguel Maya salientou que “ao oferecer imóveis a preços competitivos, o BCP está a ajudar a manter o mercado imobiliário em Portugal com liquidez e resistente”.

“Este movimento por parte dos bancos é necessário para a recuperação do mercado imobiliário em Portugal. Sem descontos, muitas pessoas não conseguem comprar casa”, afirmou Manuel Alvarez à agência de informação.

Estimativas do presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), Luís Lima, apontam para que os bancos portugueses tenham, pelo menos, 20 mil casas para vender, que ainda estão por estrear, noticiou ontem o “Diário de Notícias”.

Fonte: Negócios

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