A crise imobiliária provocou uma desaceleração do ritmo da construção mas, ainda assim, em 2012 e em todo o país, foram licenciados cerca de 20,7 mil edifícios representando um decréscimo homólogo de 17%, segundo os dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE).
Do total de edifícios licenciados em 2012, 57% correspondiam a construções novas e, destas, 70% destinavam-se a habitação familiar.
Ainda segundo o INE, e feita a análise pela construção nova, foi possível apurar que foram licenciadas aproximadamente 11,8 mil novas construções, traduzindo-se numa contração de 25% face ao ano de 2011. Por mês, em média, foram emitidas cerca de 984 licenças no ano em análise.
Pela leitura do gráfico torna-se patente o decréscimo de licenças emitidas, coadjuvadas pela crescente instabilidade no panorama económico com reflexo nas decisões das famílias e das empresas. Neste caso particular, com a envolvente atual denota-se uma precaução por parte da oferta na colocação de produto imobiliário.
No segmento residencial para o ano de 2012, com base nos dados da mencionada instituição, foram licenciados mais de 11,1 mil novos fogos residenciais, registando uma quebra de 35% face ao ano transato. Em média por mês, o número de fogos novos licenciados para habitação familiar rondava os 928.
Quanto a edifícios concluídos, e ainda segundo estimativas preliminares do INE, apurou-se o número de 26,4 mil imóveis, registando um decréscimo de 4,9% face ao ano transato.
Do total de obras concluídas, cerca de 72% inseriam-se na designada construção nova. Desta, cerca de 78% inseriam-se em habitação familiar. Durante o ano de 2012, ficaram concluídos aproximadamente 19,1 mil novas construções, traduzindo-se num decréscimo aproximado de 8% face ao ano transato. No quarto trimestre de 2012, os dados registaram o valor de 4,9 mil novos edifícios concluídos, com um crescimento face ao terceiro trimestre de 7,4%.
No quarto trimestre de 2012, o número de fogos residenciais concluídos ascendeu a 5,5 mil, registando um crescimento de 3,5% face ao trimestre anterior. O arrefecimento do mercado, quer nos licenciamentos quer nas obras concluídas acompanha a contínua instabilidade sentida quer por parte das famílias quer das empresas.
Fonte: Expresso
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