03 abril 2013

Imobiliário quer renascer já nesta Primavera de 2013


Em Junho de 2010, os ministros da União Europeia com responsabilidades sobre a gestão das cidades aprovaram na espanhola Toledo uma declaração de intenções, conhecida pela Declaração de Toledo, que preconiza um desenvolvimento urbano inteligente, verdadeiramente sustentável e socialmente inclusivo, capaz de tornar as cidades europeias mais competitivas e mais vocacionadas para proporcionar bem-estar a quem nelas já vive, sem hipotecar o bem-estar dos cidadãos vindouros.

Esta declaração de intenções, que tanto interessa a Portugal, cujas cidades foram durante tantos anos abandonadas a uma degradação lenta, foi há dias lembrada pelo meu amigo e presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), no discurso que proferiu na assinatura de um protocolo de cooperação entre a CPCI e a Associação Industrial Portuguesa (AIP). Esse protocolo teve como testemunha qualificada o secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Silva Monteiro.

Este protocolo de cooperação, muito virado para a Reabilitação Urbana e para a internacionalização, está na linha do ‘Compromisso para a Competitividade Sustentável do Sector da Construção e do Imobiliário’, que a própria CPCI assinou com o Governo no passado dia 8 de Março. E reafirma uma verdade inquestionável – que a Reabilitação Urbana é um dos comboios em que a nossa economia deve embarcar não apenas para relançar a própria economia, estancando e invertendo muito do desemprego existente, mas principalmente para assumir responsabilidades éticas relativamente a todos aqueles a quem vamos deixar em herança as nossas cidades.

Com uma casa cheia de empresários – muita gente e gente muito qualificada, como reconheceu Sérgio Silva Monteiro ao falar na sede da Associação de Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) – o secretário de Estado das Obras Públicas reconheceu que o sector espera e merece melhores condições para poder desempenhar o papel que lhe cabe na reconstrução do país, justificando o atraso nas promessas desejadas com a inevitabilidade dos ajustamentos que a economia portuguesa, no seu todo, exigiu.

Mas como disse e bem Manuel Reis Campos, o sector, como todo o país, não pode esperar muito mais pela promessa de mais economia, seja aproveitando os fundos do próximo quadro de apoio comunitário, a vigorar até 2020 e a contemplar precisamente as preocupações que envolvem as questões relacionadas com a regeneração dos espaços urbanos e a própria Reabilitação Urbana das nossas principais cidades; seja pela adopção de uma efectiva política de apoio à internacionalização, também importante no presente contexto.

Está é, aliás, a principal mensagem desta jornada da CPCI, subordinada ao tema ‘As Empresas e a Regeneração Urbana - Oportunidades, Desafios e Financiamento’, um seminário que, por coincidência, decorreu no primeiro dia de Primavera deste ano de 2013, um tempo que é, como sempre foi, de esperança e de renovação da vida.

Por Luís Lima, Presidente da APEMIP

Fonte: SOL

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