07 abril 2013

Vencedores do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana já são conhecidos


São já conhecidos os vencedores do Prémio Nacional de Reabilitação Urbana. A cerimónia de entrega dos prémios teve lugar na quarta-feira, num jantar de gala no Edifício da Alfândega, no Porto.

Arturo Malingre, diretor do Prémio, sublinha: «Em primeiro lugar, gostaríamos de congratular os vencedores, mas também todos os projetos que se candidataram e que tornaram possível o sucesso desta iniciativa. Não poderíamos estar mais satisfeitos. O balanço da 1ª edição do Prémio Nacional da Reabilitação Urbana é extremamente positivo. A qualidade das candidaturas é assinalável e temos que destacar a mobilização de todas as empresas e pessoas que se envolveram na iniciativa, quer como candidatos, quer como patrocinadores. Esta é uma prova viva de que a reabilitação urbana veio para ficar, que está mudar cidades e mentalidades e que este Prémio faz todo o sentido, como um impulso positivo para todo este movimento e para os agentes que o dinamizam». 

MELHOR INTERVENÇÃO DE USO RESIDENCIAL: EDIFÍCIO D. CARLOS I

Localização: Av. D. Carlos I nº103 e 105, tornejando para a Rua dos Industriais, Santos-o-velho, 1200-648 Lisboa
Promotor / Dono de Obra: RIBABEST - Gestão e Investimento Imobiliário, Lda
Arquiteto: Diogo de Lima Mayer
Construtor: Encomota - Empresa de construção e obras públicas, Lda.

Localizado na Avenida D. Carlos I, em Lisboa, este edifício é de final do XIX e tinha características construtivas e decorativas peculiares, encontrando-se devoluto e em mau estado de conservação. A reabilitação resultou num edifício habitacional com 4 pisos acima do solo, além de integrar uma cave com capacidade para 17 viaturas e 6 arrecadações. O projeto previa a recuperação e reconversão da antiga moradia unifamiliar num edifício de 6 apartamentos modernos, mantendo a traça histórica do edifício. Teve como principais objectivos a ampliação de um piso com a mesma linguagem do existente, a recuperação de todo o átrio e núcleo de escadas originais com recurso a técnicas de restauro, a extensão da escada para permitir o acesso aos outros pisos, a introdução de um elevador, a ampliação da cave para possibilitar o estacionamentos.

MELHOR INTERVENÇÃO DE USO TURÍSTICO: CIDADELA DE CASCAIS

Localização: Cascais
Promotor / Dono de Obra: Pestana Cidadela
Arquiteto: Gonçalo Byrne e David Sinclair
Construtor: Soares da Costa

Trata-se de um projeto do Grupo Pestana que envolveu a renovação da Cidadela de Cascais, uma fortificação estratégica datada do século XVI. Em resultado desta renovação, a Cidadela passou a integrar uma nova Pousada de Portugal, a Pousada de Cascais, classificada como Histórica. O espaço tem como objetivo ser uma das principais âncoras turísticas do concelho de Cascais. O programa de reabilitação incluiu a valorização das pré-existências, reutilização de parte dos edifícios, da recuperação e integração das muralhas no projeto, procurando transformar as contingências em pontos de interesse, em factores distintivos da identidade desta unidade, o que não é despiciendo atendendo à proximidade ao centro histórico, à demais oferta de alojamento turístico. Os trabalhos de construção da renovação da Cidadela de Cascais foram assumidos pela construtura Soares da Costa.

MELHOR INTERVENÇÃO DE USO COMERCIAL: PASSEIO DOS CLÉRIGOS

Localização: Rua das Carmelitas e Rua S. FIlipe de Nery, Porto
Promotor / Dono de Obra: Urbaclérigos em parceria com a John Neild & Associados / Urbaclérigos
Arquiteto: Balonas e Menano S.A - Coordenação Arq. Pedro Balonas e Simão Silva com Pedro Almeida e Pedro Pimentel
Construtor: Rodrigues e Névoa

Resultado de um concurso público de concessão de direito de superfície, este projeto permitiu a um investidor privado reconverter um espaço público degradado do centro do Porto num novo espaço comercial aberto à cidade e que atraiu retalhistas qualificados. O projeto foi assumido como um novo arruamento pedonal que passou a fazer parte integrante do percurso que liga a Torre dos Clérigos, ex-libris da cidade, à livraria Lello, uma referência obrigatória no roteiro turístico. O Passeio dos Clérigos, na Baixa do Porto, é um projeto comercial integrado, mantendo a caraterística essencial de arruamento pedonal, o que permitiu conciliar as necessidades de exposição do comércio e restauração existentes e a necessidade de preservar e valorizar o património construído envolvente. O jardim do Olival, na cobertura, alberga uma esplanada do restaurante.

MELHOR INTERVENÇÃO COM IMPACTO SOCIAL: PLATAFORMA DAS ARTES E DA CRIATIVIDADE

Localização: Guimarães, Portugal
Promotor / Dono de Obra: Câmara Municipal de Guimarães
Arquiteto: Pitágoras Arquitectos
Construtor: Casais Engenharia e Construção, SA

O projeto, inaugurado no dia 24 de junho de 2012, é a obra mais emblemática da Guimarães - Capital Europeia da Cultura 2012. Promovido pela Câmara Municipal de Guimarães, resultou na transformação da praça do antigo mercado municipal num espaço multifuncional, dedicado à atividade artística, cultural e económico-social. Foi assim recuperada uma área fundamental do espaço da cidade, reintegrando-a física e funcionalmente na malha urbana.

A intervenção foi realizada assegurando a manutenção da parte classificada pelo IGESPAR. O projeto incluiu ainda uma construção nova com uma solução de fachada com um material nobre (latão) e a utilização da luz que ilumina essa fachada; a criação de uma praça pública, com integração do conforto do estacionamento subterrâneo e a manutenção do edifício envolvente, são aspetos também a destacar. O equipamento aloja uma série de valências e espaços dedicados a três grandes áreas programáticas: o Centro de Arte, os Ateliers Emergência e os Laboratórios Criativos.

MELHOR INTERVENÇÃO DE USO SERVIÇOS: FÁBRICA ASA

Localização: Polvoreira, Guimarães
Promotor / Dono de Obra: John Neild & Associados para o Fundo COLINVEST - Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado
Arquiteto: Balonas e Menano S.A. - coordenação Arqºs Pedro Balonas e Cláudia Ferreira
Construtor: Combitur
Mediador Imobiliário: Verticus

A antiga fábrica de lençóis ASA foi reconvertida num centro de atividades empresariais e culturais. O imóvel localiza-se na zona sul de Guimarães, a poucos minutos do centro histórico da cidade. A opção foi fazer uma intervenção mínima que recuperou o edifício existente dotando-o das infraestruturas e compartimentações que permitem a sua utilização por múltiplos empreendedores e criadores. A construção ficou concluída em março de 2012, o que possibilitou que ali fossem instaladas várias atividades culturais e expositivas da Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura.

MELHOR INTERVENÇÃO CIDADE DO PORTO: HOTEL INTERCONTINENTAL PALACIO DAS CARDOSAS

Localização: Porto
Promotor / Dono de Obra: Solitaire Empreendimentos Hoteleiros
Arquiteto: Alex Kravitz / Helder Salvado
Construtor: Lucios Engenharia e Construção

O Hotel Intercontinental Palácio das Cardosas, o primeiro da marca Intercontinental no nosso país, ficou concluído em junho de 2011 e localiza-se numa das mais importantes artérias do Porto. O projeto considerou a demolição do edifício e a manutenção da fachada original do Palácio das Cardosas. Tendo em vista a integração do projeto, apostou-se na manutenção da imagem dos edifícios para os espaços urbanos que o envolvem, nomeadamente, a Praça Almeida Garrett, Praça da Liberdade e Largo dos Loios. Um espaço único na cidade e no país, o Hotel Intercontinental veio renovar a oferta hoteleira de luxo no centro do Porto, com 105 quartos, área para eventos, restaurantes e bar.

MENÇÃO - MELHOR INTERVENÇÃO com menos de 1.000 M:ATELIER DES CREATEURS

Localização: Rua José Falcão, 95, Porto
Promotor / Dono de Obra: Atelier des Créateurs
Arquiteto: Nuno Valentim, Frederico Eça, Paola Monzio c/ Maria Ana Sousa Coutinho
Construtor: Adolfo e Filhos, Lda

Localizado no nº 95 da Rua José Falcão, no Porto, este edifício de início do século XX que até 2006 acolheu a sede da Associação Cristã da Mocidade, foi reabilitado para a instalação de uma unidade de confecção artesanal e semi-industrial para cerca de 50 postos de trabalho. No piso térreo, ficam as áreas de apoio aos funcionários e as áreas de produção que implicavam a utilização de equipamentos mais pesados e de maior dimensão, enquanto que nos 1º e 2º pisos se localizam as áreas centrais de produção, organizadas em open space para permitir a leitura total da sua volumetria e do trabalho decorativo existente. Apesar da mudança funcional evidente procurou manter-se os componentes fundamentais do sistema construtivo encontrado neste edifício, incluindo: elementos estruturais em alvenaria de granito e madeira, revestimentos/elementos decorativos em estuque e madeira ,ou a escadaria nobre.

MENÇÃO – MELHOR INTERVENÇÃO – Certificação Energética: EDIFÍCIO D. CARLOS I

Fonte: VI

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