As crescentes restrições na concessão de crédito à habitação continuam a ser o grande obstáculo para os portugueses conseguirem comprar casa. E, em consequência disso, as empresas conseguirem fazer negócio.
Segundo a APEMIP (Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal), este entrave pesa 84,4% no conjunto das dificuldades destas empresas no 1.º semestre do ano.
O aumento ligeiro destas restrições são confirmadas por inquérito feito aos cinco principais grupos bancários, citado pela APEMIP. Em consequência disso a procura de empréstimos para aquisição de habitação deverá manter-se ou diminua ligeiramente nos próximos três meses. “Só há crédito para eles [bancos]”, aponta Luís Lima, presidente da APEMIP.
Claro que esta realidade tem reflexos na avaliação bancária. Assim, no período de setembro de 2008 a junho de 2013, a variação homóloga é negativa nos últimos meses de 2010 até meados de 2013. "Não é a melhor altura para vender", diz Luís Lima, destacando ainda o facto de haver muita oferta no mercado, e que a mesma "não representa liquidez".
Justamente por causa também da desvalorização bancária. Numa comparação entre apartamentos e moradias, verifica-se, no mesmo período, que o valor médio para os apartamentos rondou 1.150 euros/m2 e para as moradias 1.018 euros/m2. Ou seja, a avaliação bancária dos imóveis cai desde setembro de 2010, ainda que recupere em fevereiro de 2013.
A diminuição do poder de compra das famílias é o segundo obstáculo à atividade destas empresas (82,1%), seguida da instabilidade do mercado de trabalho (78,6%), que leva muitos portugueses a pensar bem antes de comprar casa.
A mediação ilegal (74%) é outro dos problemas destas empresas, seguido do desinvestimento económico (50,3%), ainda que o 1.º semestre seja de otimismo.
Fonte: Dinheiro Vivo
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