14 abril 2014

Investidores interessados em centros comerciais


Investidores interessados em centros comerciais
Robert Stassen, diretor de investimentos da JLL, revela que há capital global interessado em ativos imobiliários que há cerca de ano e meio não despertavam interesse.
Um bom ano para Portugal no que respeita ao investimento em imobiliário com capital global a olhar para o país é como Robert Stassen, diretor do departamento de investimento da consultora Jones Lang Lassale (JLL) para a região EMEA (Europa, Médio Oriente e África) vê 2014. Acredita que se vão registar mais transações do que no ano passado em vários tipos de ativos e que inclusivamente há investidores internacionais de olho em grandes centros comerciais. 


Quando Robert Stassen refere que há interesse nos centros comerciais, está especificamente a falar dos maiores e de melhor qualidade do país. "O stock é limitado, mas se algum destes centros comerciais estiver à venda por um bom preço, haverá forte interesse por parte de investidores internacionais na sua aquisição", explica. Refere ainda que para gerir um shopping é necessário conhecimentos na área. Desta forma os potenciais investidores podem estar interessados em fazer aquisições sozinhos ou mesmo em parceria com quem detenha know-how nesta matéria.

"Contrariamente ao que se passava há cerca de ano e meio, os investidores estão dispostos a investir quando no passado teriam hesitado em adquirir algo em Portugal. Esta é uma. grande melhoria para o mercado nacional", salienta o diretor de investimento da JLL. 

Boa altura para comprar 

Para passarem das intenções aos atos, quem pretende comprar imobiliário tem de acreditar na retoma da economia nacional. Robert Stassen já acredita neste cenário. Diz mesmo que "é uma boa altura para comprar em Portugal e é provavelmente o início de um novo ciclo. Há o sentimento de que as coisas vão melhorar". Acrescenta também que os investidores enfrentam menos concorrência do que em países como Espanha ou norte de Itália e ainda podem comprar o que querem. O seu interesse vai para produtos de qualidade, com boa localização e segurança em que possam valorizar o seu ativo, nos mais diferentes segmentos, desde retalho a escritórios. Se tomarmos como exemplo o segmento de escritórios, Lisboa será o mercado potencial. 

Portugal beneficia da mudança de paradigma que se deu em relação à perceção do risco por parte dos investidores internacionais. Em 2012 a crise na Europa parecia estar sob controlo e estes começaram a ter vontade de arriscar mais, mas os ativos prime passaram a ser mais escassos e caros. A consequência foi que o capital global passou a olhar para outras geografias e produtos, como cidades mais pequenas da Alemanha e países do sul da Europa. "Madrid, Barcelona e Milão tornaram-se aceitáveis desde que pudessem comprar os melhores ativos. Esta confiança está a aumentar e transbordará este ano para Portugal", salienta Robert Stassen.

Vistos gold promovem Portugal 

No campo da promoção de Portugal fora de portas o diretor de investimento da JLL considera que a criação dos vistos gold foi uma boa estratégia para dar a conhecer o país. "De repente começou a falar-se de Portugal e foi uma boa ferramenta de marketing para o país e para o seu mercado imobiliário", salienta. 

A crise fez com que o mercado imobiliário se tornasse mais transparente e profissional. A quem quer adquirir ativos, Robert Stassen aconselha que seja criativo para encontrar novas oportunidades e produtos e proativo no sentido de procurar os melhores negócios.
Fonte: Expresso

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