22 abril 2014

Nova Iorque, a cidade dos apartamentos de luxo


Perto do Central Park, o preço por metro quadrado chega a ultrapassar os 26 mil euros. Os investidores interessados vêm de todo o mundo.
Um vendedor de casas em Manhattan, chamado Bill Rudin, não planeava iniciar a venda de apartamentos em Greenwich Village antes do final do ano. Só que ao contrário de muitas cidades, onde o imobiliário se encontra parado, em Nova Iorque os compradores fazem fila.

"As pessoas vieram até mim e disseram, ‘queremos comprar, queremos comprar. Quando podemos comprar?'", revelou Rudin em entrevista à Bloomberg. Por isso, abriu um escritório de vendas (junto ao antigo St. Vincent's Hospital) e a procura superou largamente a oferta: tem uma lista de 1.100 clientes para 200 apartamentos disponíveis.

O preço do metro quadrado ronda os 26 mil euros, a nova referência para o mercado do luxo nas melhores zonas da cidade. Mais de metade das unidades do empreendimento, ainda em grande parte um campo de terra e esqueletos de torres, já foram vendidos.

Os contratos assinados em propriedades recém-construídas entre a rua 34 e o distrito financeiro quase dobraram no ano passado para 1.222, segundo a corretora Corcoran SunshineMarketing Group. "É uma nova classe de produto de luxo que está a ser introduzida", afirmou Kelly Kennedy Mack, presidente da Corcoran Sunshine. "Estamos a ver compradores que foram atraídos para o centro, para beneficiar dos condomínios com alto nível de design e vistas espectaculares", acrescenta.

Projectos como Greenwich Lane, em que o apartamento mais barato tem apenas um quarto e custa 1,4 milhões de dólares, estão a ser comprados por famílias de Nova-Iorque, investidores internacionais, mas também por casais reformados que desejam sair dos subúrbios. "Temos casas de três, quatro ou cinco quartos", explica Ben Shaoul, presidente da imobiliária Magnum, durante um passeio pelo edifício de 32 andares da Verizon no número 140 da West Street, onde 166 unidades serão construídas em 22 andares.

Os investidores internacionais chegam de várias partes do mundo, incluindo América do Sul, Médio Oriente, China e Rússia. A reabilitação do Hudson River Park e o facto de estar prestes a abrir uma estação de metro na Fulton Street, no distrito financeiro, estão entre as mudanças que ajudaram a chamar as famílias para o centro. Leonard Steinberg, um corretor de imóveis de luxo na Douglas Elliman Real Estate, acrescenta também que a inauguração de várias escolas também contribuiu para este fenómeno.

Esta semana, Steinberg começará a comercializar 12 unidades de um condomínio no número 7 da Harrison Street, em Tribeca, onde o preço inicial dos apartamentos é de 3,6 milhões de euros para uma unidade com três quartos. Das ruas de paralelepípedos de Tribeca aos edifícios baixos de Greenwich Village, as construtoras aceleram os projectos com características que rivalizam com as ofertas de alto padrão das zonas mais a Norte. A lista de interessados continua a crescer.

Fonte: Económico

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