18 março 2015

Eficiência energética dos edifícios gera proveitos de $209,5 mil milhões


Os proveitos gerados na eficiência energética dos edifícios cresceram 40% entre 2011 e 2014 a nível global, refere um estudo divulgado há dias pela Advanced Energy Economy. De acordo com este relatório, a eficiência energética nos edifícios é o terceiro maior segmento no setor das energias avançadas a nível global, tendo gerado proveitos na ordem dos 209,5 mil milhões de dólares em 2014.


Este valor evidencia um crescimento de 12% face a 2013 e traduz um dos mais fortes crescimentos dos últimos quatro anos (40% face a 2011). A iluminação é o segmento de maior peso na eficiência energética dos edifícios, concentrando 103 mil milhões do total das receitas em 2014, dos quais 54 mil milhões obtidos no segmento de edifícios comerciais e 44 mil milhões nos habitacionais. 


Depois da iluminação, surge a área de Aquecimento, Ventilação e Ar-Condicionado (AVAC), gerando 58 mil milhões de dólares, mas foi a área da eficiência energética na envolvente do edifício o subsegmento que mais cresceu em 2014 (+18%), com proveitos de 18,7 mil milhões de dólares, o que se deveu, sobretudo, às adaptações e modernizações realizadas em edifícios comerciais e residenciais e também devido aos nZEBs, ou seja os edifícios com necessidades praticamente nulas de energia.

2014 foi ano dinâmico para mercado de edifícios inteligentes 
O mesmo estudo dá conta de que 2014 foi um ano dinâmico para o mercado de edifícios inteligentes, registando-se “notáveis avanços tecnológicos”. Além disso, diz o documento, “muitos fornecedores expandiram os seus produtos e serviços dirigidos a edifícios de pequena e média dimensão, com os proprietários a reconhecerem vantagens reais de agregar a eficiência energética no seu portefólio de instalações de menor escala”. Neste âmbito, os sistemas de gestão de energia nos edifícios, que são “o coração do mercado dos edifícios inteligentes, registaram avanços tecnológicos particularmente significativos nos últimos anos, especialmente a nível de monitorização e controlo remoto dos dados. Em resultado disso, o estudo da Advanced Energy Economy revela que o mercado destes sistemas cresceu 47% desde 2011, estando atualmente estimado em 2,8 mil milhões de dólares. Globalmente, mas especialmente na América do Norte e na Europa, a associação do contexto regulamentar e dos mecanismos de financiamento para a energia eficiência permitiu impulsionar o investimento neste setor de edifícios inteligentes quer para construções novas quer para adaptações em edificado existente no setor privado e no setor público.

Edifícios de energia zero: o futuro 
O estudo frisa ainda o impacto futuro dos Edifícios de Balanço Energético Zero (nZEBs), ou seja dos edifícios que terão um balanço energético quase nulo. Este tipo de edifícios, de elevada performance, usam, num ano, apenas a energia que produzem localmente a partir de fontes renová- veis, combinando tecnologias energéticamente eficientes já existentes e a geração de energia no local. De acordo com o documento, este mercado será fortemente dinâmico na próxima década, à medida que as regulações para este setor se tornem mais focadas, os custos do produtos desçam e os proprietários de imóveis enfrentem custos crescentes a nível energético. Na Europa, em 2020, todos os edifícios novos deverão ter um balanço energético próximo do zero, mas cada Estado-Membro tem a liberdade de definir o conceito e encontrar as metodologias para o atingir. Os edifícios do Estado vão ser os primeiros a ter que dar o exemplo, dois anos antes, em 2018.

Porto mais eficiente 
Toda a iluminação do parque de estacionamento municipal da Trindade, no Porto, será substituída por iluminação com tecnologia LED, o que acontecerá durante o mês de março. A operação vai permitir melhorar a eficiência energética da instalação de iluminação do parque e reduzir o valor da faturação de energia eléctrica em aproximadamente 50%. Este é o resultado da aprovação da candidatura da Câmara Municipal do Porto ao Plano de Promoção da Eficiência no Consumo de Energia Eléctrica (PPEC), promovido pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE). Consequentemente apenas 47,1% do valor desta operação será suportado pela autarquia, o restante caberá à EDP Comercial ao abrigo do acordo celebrado com a ERSE.

Fonte: Público Imobiliário

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