O valor médio da avaliação bancária tem vindo a recuperar. Contudo, ainda não anulou a desvalorização que registou nos últimos anos. É no Porto que o valor dos imóveis está mais perto de voltar aos níveis de 2011. A avaliação dos imóveis, que é utilizada pelos bancos para a concessão de crédito à habitação, tem vindo a recuperar.
Desde Dezembro que não regista uma evolução negativa e está mesmo nos valores mais elevados desde Setembro. Mas, ainda assim, está longe dos níveis em que se situava antes da chegada da troika, revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). O Porto é a região que está mais próxima de anular as quedas dos últimos quatro anos.
O valor médio da avaliação bancária, a nível nacional, ascendeu a 1.026 euros por metro quadrado, mais 1%, ou 10 euros, do que no mês anterior. E, em relação ao período homólogo, o crescimento foi de ainda 3,1%, o maior desde que o INE começou a publicar estes dados. Urna tendência positiva que coincide com a maior abertura das instituições financeiras para a concessão de crédito à habitação e que se tem traduzido em cortes sucessivos nos "spreads" e no aumento do montante das novas operações de financiamento. Apesar desta recuperação, os valores das avaliações ainda não anularam na totalidade as perdas acumuladas nos últimos quatro anos, período em que o valor médio da avaliação superava os 1.100 euros por metro quadrado. Por áreas urbanas, algumas estão já muito próximas dos valores anteriores a Maio de 2011. É o caso do Porto, cidade onde o metro quadrado tem um valor médio de 1.300 euros, menos 2% do que valia em Maio de 2011, mês marcado pela chegada da troika a Portugal. Em Maio, o valor médio da avaliação obteve um crescimento de 4% face ao mesmo período do ano passado, tendo atingido o valor mais elevado desde Abril de 2013.
A recuperação verificada nas cidades de Coimbra e Guimarães permite-lhes também estar já próximas dos valores em que se situava há quatro anos. Na cidade do centro, a avaliação média situou-se nos 1.223 euros por metro quadrado e está a 4,15% dos níveis de Maio de 2011. Já na cidade do Norte o valor médio situa-se nos 865 euros por metro quadrado, a 5,88% de anular a desvalorização do período da crise.
Mas também Lisboa está muito perto dos valores antes da crise. Na capital, a avaliação média aumentou 2,5% para 1.830 euros por metro quadrado, o valor mais elevado a nível nacional. A recuperação dos últimos meses deixa a avaliação dos imóveis lisboetas apouco mais de 7 % dos níveis em que se situava em 2011.
Em todas as zonas urbanas há ainda caminho a percorrer para anular a desvalorização provocada pela crise financeira. Mas é Leiria que está mais longe deste valores. Com urna avaliação média de 804 euros por metro quadrado, está 17,20% abaixo dos níveis relativos a Maio de 2011.
Fonte: Negócios
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