03 dezembro 2015

Uma em cada dez empresas muda de localização após o fim do contrato de arrendamento

A vasta maioria das empresas opta por continuar no mesmo local após o termo do contrato de arrendamento. A qualidade da gestão dos edifícios assume-se como um importante fator nos critérios de seleção de localização de escritórios, de acordo com o estudo ‘Stay or Not to Stay’ da consultora imobiliária CBRE.


O estudo analisou 500 empresas para compreender os fatores que justificam o comportamento dos arrendatários quando avaliam sair ou não de um escritório. Das empresas inquiridas, apenas 12% mudaram de localização após o fim do contrato de arrendamento, e das que mudaram de local, quase dois terços alteraram a área ocupada – 50% dessas empresas foram para locais com área superior.

Um aspecto essencial no processo de tomada de decisão centra-se na gestão dos edifícios em termos da qualidade dos serviços técnicos (relacionados com a qualidade de construção e das infraestruturas do edifício) e dos serviços comerciais (relação entre o arrendatário e o e a empresa gestora do edifício).

Entre os dois, os serviços técnicos foram considerados como os mais importantes, mas por pouco. As conclusões do estudo indicam que as taxas de satisfação são 10% inferiores para as empresas que mudam de localização face às que se mantêm no mesmo escritório, no que respeita a serviços de manutenção e de limpeza dos edifícios. Em termos gerais, para a gestão dos serviços técnicos do edifício a diferença é de 8,3% e 7,25% no caso dos serviços de natureza comercial ou relacional.

A mais óbvia diferença nos níveis de satisfação entre empresas que mudam de localização e as que se mantém no mesmo escritório tem que ver com as seguintes funcionalidades técnicas: 
  • Serviços claros e rápidos para reportar falhas
  • Elevadores suficientes e fiáveis
  • Comunicações claras e avisos adequados para obras
  • Sistemas e equipamentos de controlo de temperatura suficientes, silenciosos e fiáveis

Diferenças entre empresas que mudam de escritório e que se mantêm no mesmo escritório – serviços técnicos (% de diferença)
Fonte: CBRE

Luís Teodoro, Diretor de Gestão de Ativos Imobiliários da CBRE Portugal comenta que “Este estudo é bastante revelador da importância de uma gestão eficaz dos edifícios para os inquilinos. É para nós muito claro que para além de equipamentos fiáveis e funcionais, para o qual muito contribui uma gestão técnica mais preventiva e menos reativa, a comunicação fluente entre os inquilinos e as nossas equipas é essencial. Na CBRE iremos continuar a investir na nossa equipa técnica e na disponibilização de sistemas de reporte de falhas que sejam simples e rápidos e que permitam ao requisitante acompanhar a resolução da situação.”

“Por outro lado, com o aumento da flexibilidade dos contratos, nomeadamente quanto à sua duração e à possibilidade destes serem quebrados pelos inquilinos, torna-se essencial o conhecimento das estratégias e dos negócios dos inquilinos, que possibilitem, por um lado, adequar os espaços aos requisitos dos mesmos e, por outro, contribuir para que os ativos imobiliários produzam o resultado esperado para os investidores. Neste aspecto, o papel da CBRE enquanto gestor de ativos é essencial, uma vez que acompanhando o dia-a-dia da vida dos inquilinos, disponibiliza aos investidores um conjunto de informação que lhe permitem tomar as decisões mais adequadas com vista à retensão dos seus inquilinos e desta forma contribuir para atingir os objetivos de retorno dos seus investimentos”

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