24 janeiro 2016

Neste shopping já não há lojas. Agora há apartamentos


O centro comercial mais antigo dos EUA faria 188 anos, mas fechou em 2008 e o novo proprietário transformou-o num complexo de micro casas low cost. O shopping mais antigo dos EUA fechou, como muitos outros do país, vítimas da crise na economia e naquele sector em particular. Agora reabriu, mas já não é um centro comercial, mas sim um edifício de pequenos apartamentos low cost para arrendar.



O projeto, que custou sete milhões de dólares (6,5 milhões de euros) começou a ser pensado em 2008 quando o atual proprietário comprou o shopping, atraído pela arquitetura do espaço.

Construído em 1828 em Providence, no estado de Rhode Island, entre Nova Iorque e Boston, o Arcade Providence assemelha-se a um típico edifício da Grécia ou Roma antiga, com arcadas, colunas e frisos e um grande átrio central. Chegou mesmo a ser considerado momento nacional em 1971. 

A fachada e esse átrio central à volta do qual surgiam as lojas foi, por isso, mantida nesta reabilitação profunda, que criou uma pequena galeria de lojas no rés-do-chão e um total de 48 micro apartamentos nos andares de cima. E são micro porque são mesmo muito pequenos, quase como se ocupassem os espaços das antigas lojas, muito arrumadinhas lado a lado. 


No total, segundo os media norte-americanos, a maioria das casas tem um quarto e uma área de 23 a 42 m2, mas todas elas têm o quarto, a casa de banho e uma arrecadação totalmente equipados e mobilados, e ainda uma cozinha equipada com frigorífico, lava-loiça, máquina de lavar loiça e micro-ondas. 

Há ainda uma série de espaços comuns, como uma sala de jogos, lavandaria, arrumação para bicicletas e estacionamento. 


A renda começa nos 550 dólares (509 euros) e por isso também é considerada micro ou low cost, mas apenas pelos padrões dos EUA, onde a média está acima de mil dólares. 

Mas é bem possível que seja o preço, aliado ao charme do edifício, um dos principais fatores para haver uma lista de espera de interessados em arrendar estas casas. Mesmo sendo elas pequenas.

Transformar centros comerciais antigos noutros usos é uma prática cada vez mais comum, principalmente quando os mais antigos se começam a tornar datados e não se adaptam ou não se atualizam. 


Em Portugal há um bom exemplo disso. Quando a galeria comercial do Palácio Sotto Mayor, em Lisboa, fechou, o proprietário teve de pensar que novo uso dar ao espaço porque, claramente, não podia ser um centro comercial, e a escolha recaiu num ginásio Virgin Active.

Fonte: Dinheiro Vivo

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