19 outubro 2012

CBRE aponta forte dinamismo em Luanda


O mais recente estudo da Zenki Real Estate, afiliada da CBRE para o mercado angolano, revela que a oferta de escritórios actual em Luanda é “ainda incipiente face à procura”.

Segundo o comunicado da CBRE, relativamente à taxa de ocupação em edifícios recentemente construídos, a sua afiliada estima que “90% da oferta esteja colocada”, um facto que “tem mantido os valores de arrendamento nos imóveis novos bastante desajustados face à procura premente, por parte de PME’s, por espaços de escritórios novos e de qualidade no centro de Luanda”.


Para Diogo Rodrigues, managing director da Zenki Real Estate, “antendendo ao crescimento económico expectável apra os próximos anos em Angola, a procura por espaços comerciais excederá a oferta e o segmento residencial continuará a apresentar procura, especialmente de fogos novos para acomodação de expatriados. Com estes segmentos a manterem esta tendência, o mercado de investimento apresentará yields bastante atractivas”.

Contudo, a consultora frisa que, “enquanto os valores continuarem demasiado elevados, a maioria das PME continuará a instalar-se em espaços precários e pouco funcionais”. Segundo o comunicado, na baixa da capital angolana, os preços de venda da área bruta rondam a média e 8.500 dólares por metro quadrado (cerca de 6.500 euros).

Já os valores de arrendamento situam-se entre os 120 e os 180 dólares por metro quadrado (91 e 137 euros, respectivamente). Na zona alta da cidade, os preços de venda da área bruta de escritórios consistem, em média, em 7.500 dólares por metro quadrado (5.700 euros), enquanto os valores de arrendamento estão situados entre os 100 e os 120 dólares por metro quadrado (76 e 91 euros, respectivamente).

De acordo com a Zenki Real Estate, a oferta de mercado em Luanda caracteriza-se “por edifícios residenciais adaptados a escritórios e edifícios mistos de habitação e escritórios, em que a componente reservada a escritórios é reduzida, normalmente a um ou dois pisos”, isto, com excepão para os “poucos edifícios prime existentes”.

Apesar das rendas altas, “a maior parte da procura prefere o arrendamento à compra, na medida em que o investimento para a aquisição de um espaço de escritórios, num edifício novo, é bastante elevado”, explica a nota da CBRE.

No segmento residencial, o estudo regista “uma boa procura por fogos recentemente construídos, nomeadamente por parte de empresas que requerem um elevado número de unidades para a acomodação dos seus quadros”, uma situação que tem criado “dinâmica no mercado de investimento residencial, que é dominado por investidores privados”.

A oferta nova em Luanda é “essencialmente caracterizada por fogos localizados em empreendimentos mistos de escritórios e habitação e dirigida ao segmento médio-alto e luxo”.

Fonte: Construir

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