Assim, uma família que tenha um empréstimo à habitação de 100 mil euros, com um “spread” de 1% e associado à Euribor a três meses de Abril vai pagar 356,95 euros, menos 23,77 euros, ou 6,24%, do que a actual prestação.Já quem tiver um empréstimo nas mesmas condições mas associado à Euribor a seis meses, vai sentir uma redução do encargo mensal de 38 euros, ou 9,28%. A nova prestação será fixada em 371,62 euros.
Estes cálculos são efectuados com base na média mensal das taxas Euribor de Abril, a referência para a fixação da prestação dos empréstimos que são revistos em Maio.
As taxas Euribor têm vindo a descer, a reflectir as decisões do Banco Central Europeu (BCE) que voltou a colocar o preço do dinheiro na Zona Euro no mínimo histórico de 1%. E as perspectivas são de que se mantenha assim durante algum tempo, com alguns economistas a acreditarem que a autoridade monetária vai optar por descer ainda mais a taxa de juro. Se se confirmar, a Zona Euro terá uma taxa de juro de referência como nunca teve. O valor mais baixo alguma vez praticado na região foi de 1%.
Os problemas no sector financeiro, a crise de dívida e a evolução da economia, que em muitos países é já de contracção, têm ditado cautela na política monetária.
Com isto, as famílias têm sentido algum alívio nos encargos com o crédito à habitação.
Em 2008, antes de estourar a crise do “subprime” nos EUA que levou a reduções de juros em todo o mundo, depois da falência do Lehman Brothers, as taxas de juro na Zona Euro estavam bastante mais altas. O BCE subiu, pela última vez nesse período o preço do dinheiro na região para em Julho de 2008 para 4,25%.
Esta decisão acabou por elevar as taxas Euribor que, após a falência do Lehman Brothers dispararam para valores superiores a 5%.
Tendo em consideração um empréstimo de 100 mil euros, a 30 anos, com um “spread” de 1%, a prestação de um crédito chegou a ser de 606,83 euros, para os casos em que estava associado à Euribor a três meses. O que significa um encargo superior em cerca de 250 euros, ou seja 70%, face ao caso acima exposto.
Para os créditos indexados à Euribor a seis meses, a prestação mais elevada foi de 613,70 euros, ou seja, mais 65,1%, ou 242 euros.
Fonte: Jornal Negócios
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