30 julho 2012

CBRE: Reino Unido e França concentram forte investimento imobiliário comercial

O mais recente estudo da CBRE conclui que a actividade de investimento em imóveis comerciais subiu “de forma significativa” no Reino Unido e em França no segundo trimestre deste ano em comparação com os primeiros três meses e o segundo trimestre do ano passado.

Segundo o comunicado da consultora imobiliária, este factor revela “um interesse crescente dos investidores por mercados com maior liquidez, numa altura de grande incerteza económica”. “O volume de investimento no mercado imobiliário comercial europeu registou uma ligeira contracção no segundo trimestre de 2012, caindo para os 24 mil milhões de euros, face aos 27 mil milhões de euros registados no primeiro trimestre”, explica a mesma fonte.

Esta queda de “apenas” 3% no trimestre, não obstante o agravamento dos receios financeiros na Zona Euro, deve-se ao facto de o imobiliário prime “ser visto como um porto de refúgio nos momentos de maior incerteza”. Para os responsáveis da CBRE, a actividade no segundo trimestre de 2012 demonstra uma mudança “significativa” nas tendências nacionais, relativamente aos resultados registados nos últimos anos.

França e Reino Unido foram os países que mais beneficiaram com esta alteração – no caso francês, a CBRE ressalva três transacções importantes – registando “significativos níveis de transacções no segundo trimestre de 2012”. Londres e Paris, em particular, “apresentam um volume considerável de investimento em escritórios”.

Ao invés, os mercados da Alemanha, dos países nóricos, da Europa Central e de Leste, que vinham a registar um crescimento forte, apresentaram um abrandamento no investimento em imobiliário, especialmente se for considerada a comparação com o período homólogo do ano transacto, “quando estas três regiões eram as principais impulsionadoras do investimento”.

Apesar disso, a consultora frisa que a procura de imobiliário de elevada qualidade nestes países permanece em alta, “traduzida pelos preços alcançados quando tais activos saem para o mercado, como é o caso do Maximilianhöfe, um activo multiuso prime localizzado em Munique, vendido por aproximadamente 270 milhões de euros no segundo trimestre”. A CBRE refere, contudo, que o investimento nestas regiões está a ser “refreado”, dada a escassez de espaços prime.

“Apesar da escassez de espaços prime ter provocado um abrandamento nos mercaods da Alemanha e dos países nórdicos durante o segundo trimestre de 2012, o interesse por estas regiões continua em alta. Os investidores permanecem bastante sensíveis aos aspectos económicos inerentes a cada mercado e à sua exposição à crise da Eurozona, beneficiando os mercados do norte da Europa, e colocando a Alemanha, os países nórdicos e o Reino Unido no topo das prioridades”, comentou Jonathan Hull, director do departamento de Capital Markets da região EMEA da CBRE.

Fonte: Construir

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