01 maio 2012

Procura de lojas e escritórios caiu 50%, diz a APEMIP



A procura de espaços para pequenos negócios desceu 50% desde maio de 2011, avançou o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).

Luís Lima afirmou que a crise no mercado imobiliário afeta sobretudo escritórios e lojas, enquanto no caso do arrendamento de casas para habitação há maior procura do que oferta "devido às dificuldades de acesso ao crédito" para comprar.

"A procura de lojas e escritórios no último ano, desde maio, diminuiu 50% mesmo em Lisboa e no Porto", disse.

Casos como a Avenida da Liberdade, em Lisboa, são a exceção, porque se trata de nichos específicos, ressalvou o responsável, referindo-se às lojas de luxo que ali se instalaram.

"Nas periferias das cidades há zonas completamente fechadas", adiantou Luís Lima, dando como exemplo a Maia e Matosinhos, junto ao Porto.

A diminuição da procura, segundo o presidente da APEMIP, estende-se a espaços em urbanizações, centros comerciais e outlets (lojas com descontos).

"Há situações que há meia dúzia de anos eram impensáveis, porque o elo mais forte era o proprietário e era impossível negociar direitos e rendas. As empresas podem dizer que não, mas estão a negociar" os valores que os arrendatários pagam pelos espaços, garantiu.

Entretanto, o secretário-geral da Associação Portuguesa de Centros Comerciais, Pedro Teixeira, afirmou à Lusa que é "inerente uma parceria entre o proprietário/gestor do centro comercial e o lojista" para serem encontradas as "melhores soluções em cada momento".

O responsável referiu caber a cada empreendimento e a cada lojista "trabalharem conjuntamente para encontrarem um ponto de equilíbrio que permita ultrapassar o atual ciclo económico". 

Questionado sobre o aumento de lojas encerradas, Pedro Teixeira notou ser natural na atual conjuntura.
orém, à APCC chegam informações de que o setor dos centros comerciais "evidencia uma enorme resiliência, permitindo a manutenção de taxas de ocupação excelentes". 

Adiantou que "a taxa de ocupação da Área Bruta Locável é superior a 95%, chegando, em alguns casos, próximo dos 100%", acrescentou.

Nem para este ano nem para 2013 estão previstas inaugurações de novos centros comerciais, o que, para a associação, resulta da "maturidade que o sector dos centros comerciais atingiu em Portugal, proporcionando uma oferta de excelência que cobre as principais cidades do país".

Fonte: OJE

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