21 junho 2012

Inatel investe cinco milhões na Albufeira


O esforço financeiro de modernização das estruturas hoteleiras da Fundação Inatel atingiu os nove milhões de euros no ano passado. Depois do projeto Cerveira (na foto), a fundação vira-se agora para o seu hotel em Albufeira. A Fundação Inatel tem previsto investir cinco milhões de euros na recuperação da sua unidade emblemática de Albufeira, disse recentemente Victor Ramalho, o presidente da instituição. As obras deverão ficar concluídas antes de junho do próximo ano.

A Fundação Inatel tem vindo a remodelar várias unidades hoteleiras nos últimos anos, recorrendo essencialmente a capitais próprios e a alguns apoios específicos no âmbito do QREN. A unidade de Cerveira foi alvo de uma intervenção de requalificação avaliada em seis milhões de euros e o investimento global, no ano passado, ascendeu aos nove milhões de euros. Mesmo assim, a Inatel fechou 2011 com o seu melhor ano de sempre em termos de resultados.

Depois da recuperação das unidades do Porto Santo, Foz do Arelho, Oeiras e Caparica (as duas últimas ainda em fase de conclusão), a fundação fez as primeiras aberturas nos Açores, concretamente nas Ilhas das Flores e da Graciosa, via concessão de cinco anos, e uma parceria com o grupo hoteleiro local, o grupo PAIM. Na Madeira, a opção foi encerrar a unidade Santo da Serra e concretizar uma parceria com o grupo Pestana para o usufruto do Baía Palace.

A gestão tem dado enfoque ao controlo do desperdício e concretizado, a nível de colaboradores, algumas reformas e pré-reformas, para além de prestar atenção à melhor rentabilização financeira das aplicações. Ramalho salientou, num encontro com jornalistas, que, no ano passado, foram gerados 750 mil euros de aplicações financeiras.

Em termos de projetos futuros, a fundação está a dar destaque às parcerias internacionais com privados, aproveitando a diáspora nas chamadas "rotas da saudade", a par de novos modelos no sistema de pricing e no sistema de reservas online. Estas iniciativas vão contrariar a redução em 25% dos programas governamentais e a perda dos antigos subsídios públicos.

O exercício de 2012 tem sofrido com a crise, registando-se nos primeiros quatro meses do ano menos 5,5% de clientes nas dormidas e menos 4,5% nas refeições. Entre as novas linhas de negócio está o turismo da natureza, o turismo religioso e os pacotes de oferta para cultura e desporto. O projeto recente da TV corporativa tem mediatizado alguns destes projetos. A agência de viagens Inatel gerou receitas de 3,3 milhões de euros e foi responsável por 11% dos resultados que em 2011 terão sido da ordem dos 1,6 milhões de euros. O orçamento global da fundação terá atingido os 70 milhões de euros.

A Fundação Inatel é uma entidade tutelada por organismos públicos, embora com uma gestão privada e autosustentável. Com 2400 associados coletivos, a sua única fonte de receitas assenta na indústria hoteleira, com 18 unidades e quatro parques de campismo. Trabalha essencialmente no âmbito da economia social, mas posiciona-se como terceiro grupo empresarial português no ramo da hotelaria e primeiro nas refeições.

Fonte: OJE

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