O desemprego, a dificuldade em aceder a crédito e a subida do custo dos empréstimos imprimiram um travão nas transações de casas, registando este mercado uma tendência de quebra continua há já longos meses. Junho não foi exceção e o ritmo de venda e compra de imóveis manteve-se em queda, a grande diferença é que esta diminuiu de intensidade, para um ritmo que é o mais lento desde setembro de 2010.
Esta mesma situação verificou-se nos preços. O Portuguese Housing Market Survey, registou em junho uma nova quebra nos valores pedidos e pagos, mas a “um passo ligeiramente menos acelerado que no mês passado”. Traduzindo em números: enquanto em maio o número de quedas superou o de aumentos de preços em 62% dos casos, em junho essa relação foi de 52%.
Em relação ao mercado de arrendamento, o estudo da RICS e da Confidencial Imobiliário assinala que este mercado continua a beneficiar das quebras nas vendas. Perante a dificuldade em obter crédito para comprar um casa, as famílias optam por procurar uma casa para arrendar. Apesar de as expetativas em relação ao arrendamento (procura) serem positivas, as que medem o valor das rendas caíram e mostram-se negativas.
Fonte: Dinheiro Vivo
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