05 outubro 2012

Cidades do Futuro - os desafios do amanhã


Há 100 anos atrás, apenas 10% da população mundial vivia em cidades. Presentemente, somos mais de 50%, e até 2025 estima-se que sejamos mais de 75%. 

Esta mudança está a fazer emergir uma nova realidade: as megacidades do século 21 - cidades com mais de 10 milhões de habitantes que já concentram 10% da população mundial.

Importa perceber, que mais de 90% do crescimento urbano dá-se no mundo em desenvolvimento, aumentando em cerca de 70 milhões ao ano o número de habitantes  em  áreas urbanas. Nas próximas duas décadas a população urbana das duas regiões mais pobres do mundo – Sul da Ásia e África Subsariana – deve duplicar.


Segundo a Unesco, teremos no futuro muitas megacidades. Das 16 existentes em 1996, passarão muito provavelmente a 36 em 2025, muitas delas fora dos países desenvolvidos. Veja-se o exemplo de Lagos, na Nigéria, que teve um aumento populacional de 3.000% desde 1950.

Cada vez mais as megacidades ganham atratividade, e se num futuro próximo 80% da população estiver a viver em cidades, estas vão ter que se reinventar durante este século e adotar políticas e padrões mais sustentáveis ao nível dos desafios ambiental, social, tecnológico e económico, para atingirem um desenvolvimento mais equilibrado e sustentável.

Deixo-vos alguns desafios publicados pela Euronews que ajudam a compreender esta realidade.

População

Mais de metade da população mundial vive, já, em cidades e o número continua a aumentar. Todas as semanas mais de um milhão de pessoas mudam-se para áreas urbanas. Crescimento: O planeta tem já 23 megalópoles, ou seja, cidades com mais de 10 milhões de habitantes. Prevê-se que esse número aumente para 36, em 2025.

Água

Garantir o fornecimento de água potável, para as nossas cidades, será um dos maiores desafios do século XXI. Os analistas sugerem que, a nível global, em 2030 poderemos enfrentar um défice de 40% entre a procura prevista e a oferta disponível de água potável para uso humano e industrial.

Energia

A aplicação de práticas energéticas eficientes nos edifícios das cidades, pode ter um impacto muito significativo nas emissões de gases de efeito estufa. Oitenta por cento das emissões de um edifício são expelidas durante a fase de funcionamento e 20 por cento durante a construção.

Clima

Comprar créditos de carbono é uma forma que as empresas têm para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Um certificado de carbono representa uma tonelada métrica de CO2 que não é emitida para a atmosfera. O carbono é salvo através da implementação de projetos de energia limpa, tais como centrais hidroelétricas, parques solares ou eólicos.

Economia
Os paradigmas do trabalho nas nossas cidades estão a mudar, à medida que a tecnologia permite novas maneiras de ligação e comunicação. O crescimento do "cloud computing" é rápido e prevê-se que os serviços profissionais da "nuvem", em todo o mundo, ascendam aos 5,8 mil milhões de euros, em 2015. O "cloud computing" incentiva o trabalho a partir de casa e isso vai permitir às empresas reduzir custos, como por exemplo, reduzindo os escritórios.

Inovação

A tecnologia de ponta vai ser um dos marcos da cidade do futuro. A polinização cruzada de ideias promovidas por redes de comunicações de alta velocidade vai incentivar a inovação, em muitos setores da economia. As cidades estão a desenvolver centros de pesquisa e desenvolvimento, onde reúnem especialistas de diferentes disciplinas, para trabalharem em tecnologias inovadoras com competências complementares. 

Geografia
O equilíbrio de poderes entre as maiores cidades do mundo está a mudar. Prevê-se que em 2025 Xangai e Pequim se juntem a Nova Iorque, Tóquio e Londres, no grupo das cinco principais cidades classificados pelo PIB. Los Angeles, Paris e Chicago vão cair na classificação.

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