Entre abril e junho de 2012, os investidores imobiliários não europeus representaram 25% das operações na região, a percentagem mais elevada desde o segundo trimestre de 2007, antes da crise financeira, avança o mais recente estudo da CBRE.
Apesar de os níveis de aquisições dos investidores imobiliários norte-americanos se manterem elevados, 2012 também registou um aumento significativo na atividade dos compradores provenientes da Ásia, do Médio Oriente e da América Latina, em particular no segundo trimestre.
De abril a junho deste ano, a atividade total de investimento no imobiliário europeu registou uma ligeira contração, fixando-se nos 24,3 mil milhões de euros, uma queda de 5% face aos primeiros três meses de 2012 e 9% abaixo do total do segundo trimestre do exercício passado, refere a CBRE. No entanto, o volume de investimento internacional foi mais elevado, tanto percentualmente (constituindo 46% do total) como em termos absolutos. Apesar de o nível dos fluxos de investimento entre países europeus ter subido de forma ligeira, as aquisições concluídas por compradores de fora da Europa foram o grande motor do aumento do investimento.
Reino Unido concentra investimento inter-regional
A importância do investimento imobiliário direto realizado por compradores não europeus centra-se no número reduzido de mercados pelos quais tendencialmente se interessam, com 62% do investimento inter-regional do primeiro semestre de 2012 realizado no Reino Unido e outros 27% realizados em França e na Alemanha. Os investidores norte-americanos diversificaram mais que outros compradores inter-regionais, com Londres a representar apenas 28% das aquisições, enquanto outros mercados na Alemanha, França, Suécia e no restante território do Reino Unido foram responsáveis pelo resto. O investimento proveniente da Ásia tem crescido de forma constante desde 2011, mas tem-se restringido quase exclusivamente a Londres e a Paris, com um pequeno número de transações diretas noutras localizações da Europa.
Os fluxos de capitais entre os países europeus mantêm-se elevados, apesar da crise da Zona Euro. Contudo, é de destacar que o Reino Unido foi o maior destino para este investimento de origem europeia e a Alemanha foi responsável por praticamente metade do total, revelando uma forte inclinação para os destinos seguros.
Os investidores não europeus também mostraram interesse nas transações de maior valor disponíveis na Europa, com um valor médio de 79 milhões de euros.
Jonathan Hull, diretor do departamento de Capital Markets da região EMEA da CBRE, afirma que "os investidores imobiliários não europeus dominam os mercados em que estão ativos. Uma em cada dez das maiores transações realizadas em Londres no primeiro semestre de 2012 passou para as mãos de investidores estrangeiros, tendo nove desses negócios origem fora da Europa. Os investidores inter-regionais exercem agora uma importante influência nos preços do mercado europeu, em particular nos produtos prime".
Fonte: OJE
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