Este estudo analisa a intenção de investir em Portugal de cerca de 150 investidores nacionais e internacionais e, segundo o mesmo, no que concerne às oportunidades de investimento no futuro, “58% dos investidores afirma que haverá oportunidades no mercado nacional nos próximos 12 meses”, enquanto que “apenas 47% dos inquiridos refere que Portugal apresentou boas oportunidades de investimento nos últimos 12 meses”.
No seu comunicado de imprensa, a consultora imobiliária ressalva que “algumas respostas positivas vêm de investidores que começam a aparecer em Portugal, atraídos pelos produtos com preços muito interessantes”.
Tim Seconde, associate director do departamento de Capital Markets da CBRE declarou que “enquanto Portugal se aproxima do final de um ciclo imobiliário e continua o esforço para equilibrar a dívida pública, a opinião dos investidores está dividida, entre a precaução e a confiança no país, como um destino de investimento”.
De acordo com Seconde, há vários investidores que ainda necessitam de “uma imagem clara da situação económica” do país, ou de “alguns sinais de melhoria”, para considerarem investir em Portugal, existindo, contudo, “um grupo mais optimista que claramente acredita que, nos próximos 12 meses, existirão excelentes negócios”.
Todavia, a CBRE explica que a maioria dos inquiridos referem que, actualmente, estão “cautelosos quanto ao mercado português”. O estudo conclui que 43% dos inquiridos que estão a desinvestir no país alegam “falta de confiança no desempenho económico”. Por sua vez, no grupo de inquiridos que não se encontra a investir em Portugal, 28% justifica a sua decisão com a “falta de oportunidades a bom preço”, enquanto que outros 28% referem que “congelaram temporariamente o investimento em Portugal”. Há ainda uma percentagem (16%) de investidores que afirma que o mercado “não vai entrar já em recuperação”.
A CBRE adianta ainda que, perante o impasse entre alguns investidores, alguns compradores estão a analisar potenciais investimentos seguros e com retornos altos. “No entanto, quase metade das respostas dos investidores que estão activos – 44% – referem que apenas comprariam activos muito específicos, como hotéis ou investimentos com rendimento a largo prazo”.
Em nota de conclusão, o comunicado da CBRE remete para o facto de 33% dos investidores compradores salientar que os preços “estão mais realistas e adequados à conjuntura”, afirmando 11% que o mercado português apresenta “bons motivos para investir”.
Fonte: Construir
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