De acordo com os últimos dados do relatório da Eurelia – Marketing de Retalho e Comércio, 2012 não apresentou as melhorias esperadas na performance dos centros comerciais na Europa, nomeadamente em Portugal e Espanha, com o footfall de shoppings a continuar a sua queda.
Vários fatores afetaram negativamente o consumo, nomeadamente a redução dos salários, o aumento dos impostos e do desemprego, o que levou muitos consumidores a reduzirem os seus orçamentos.
Segundo o relatório, o footfall dos shoppings caiu todos os meses durante o ano de 2012. No entanto, as lojas das baixas das cidades provaram ser mais resistentes que as das zonas menos centrais.
No caso de Espanha, observou-se que as regiões do norte, nomeadamente o País basco, que até agora se mantinham bastante resistentes, também já se mostram afectadas pela crise. Por outro lado, as áreas turísticas continuam a ser mais bem sucedidas devido aos visitantes, onde o comércio continua relativamente dinâmico, nomeadamente para o setor do mobiliário e decoração.
No que diz respeito ao mercado Português, as vendas caíram -6,5%, melhorando, contudo, comparando com o ano de 2011, no qual se registou uma queda de -9,7%. Janeiro de 2013 confirmou a diminuição desta queda, mês em que o footfall dos shoppings estabilizou.
Tanto em Espanha como em Portugal, verificou-se, também, que cada nova abertura tem impacto na área envolvente. Deste modo, os promotores dos projetos tomam muita atenção à viabilidade do portefólio de lojas como um todo. Isto obriga à redução do número de lojas dentro da cidade ou da zona.
De forma geral, neste momento os retalhistas prevêm que o encerramento de lojas em 2013 seja bastante semelhante ao de 2012, sendo que em período de crise, cada vez mais tentam renegociar as suas rendas. Uma das soluções mais seguidas num momento em que a diferenciação e novidade são tão necessárias, em vez do investimento numa nova abertura, muitos retalhistas apostam na renovação do conceito das suas lojas.
Em 2012, também os mercados dos restantes países analisados (Itália, França, Bélgica, Suíça e Polónia) verificaram a tendência de abrandamento verificada em 2011 e de estagnação, não tendo nenhum deles registado crescimento acima dos 0%.
Por outro lado, as vendas online estão a subir, contrariamente ao comércio tradicional, o que mostra que as quebras no mesmo são não só consequência de fatores económicos derivados da crise, mas também de mudanças sociais e de comportamento, que mostra que cada vez mais pessoas compram nas lojas “não físicas”.
Fonte: VI
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