16 outubro 2014

BESI vende prédios de luxo


A maior parte dos bens são apartamentos de grandes dimensões, localizados em zonas nobres de Lisboa. O Banco Espírito Santo Investimento (BESI), presidido por José Maria Ricciardi, vai vender 26 imóveis – 25 apartamentos e um terreno – pertencentes à carteira do próprio banco e da empresa Cominvest Sociedade de Gestão e Investimento Imobiliário, que foi comprada pelo BESI em junho. No total, o valor-base da licitação dos bens ronda os dois milhões euros.


A venda vai ser feita através de um leilão organizado pela Euro Estates no próximo domingo, no Hotel Corinthia, em Lisboa.

A maior parte dos apartamentos são de grandes dimensões, variam entre as três e as nove assoalhadas, estão localizados em zonas nobres de Lisboa e são considerados no mercado como imóveis de luxo. Vão a leilão com preços-base considerados, no mercado, baixos. Ao que o CM apurou, o facto de alguns deles estarem arrendados ou devolutos contribuiu para o preço.

Assim, haverá lotes com preços de licitação que variam entre os 10 mil euros, como é o caso de um terreno localizado no Parque Natural da Serra de Sintra (com 3,4 hectares) 
e os 230 mil euros para um apartamento com 9 assoalhadas num prédio na avenida Elias Garcia, em Lisboa.

Há também apartamentos que vão à praça que estão localizados noutras zonas nobres como a praça do Marquês de Pombal, a rua de Santana à Lapa (Estrela), a avenida Infante Santo, a praça de Londres, e até a avenida Guerra Junqueiro.

Em Setúbal vai também a leilão um apartamento e na Quarteira, Algarve, será posto à venda um espaço comercial.

Em junho, o BESI adquiriu 51% da Cominvest e passou a deter a totalidade do capital da empresa. A aquisição custou 4,5 milhões de euros.

O CM tentou contactar José Maria Ricciardi para saber o objetivo das vendas, mas até à hora de fecho da edição não obteve qualquer resposta.

Resgate do BES pode aumentar dívida pública

Bruxelas considera que uma das consequências do resgate do BES é uma revisão em alta da estimativa de dívida pública deste ano para os 131,3% do PIB.

Além disso, no relatório de Bruxelas, considera-se que a venda rápida do Novo Banco, como defendem as autoridades portuguesas e a própria Comissão Europeia, poderá estar em risco devido a novas perdas que possam surgir. Dizem ainda que a separação de ativos deverá ficar concluída entre final de outubro e início de novembro.

Fonte: CM Jornal

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