04 abril 2013

Portugueses investem em segunda habitação em Albufeira


A compra de uma casa de segunda habitação, por parte dos portugueses, muitos deles emigrantes, é uma tendência com alguma expressão no Algarve, especialmente em zonas turísticas como Albufeira. Contudo, esta situação deve-se, sobretudo, à necessidade de aplicação das poupanças retiradas das instituições bancárias e investidas na aquisição de moradias e apartamentos, que no caso de Albufeira se destinam, preferencialmente, a casas de férias.
Na opinião de Marisa Queirós, coordenadora da loja RE/MAX Albufeira Praia que, curiosamente, em Fevereiro foi a melhor loja em vendas do Algarve, “os portugueses e os emigrantes estão a aplicar as poupanças na compra de apartamentos ou de moradias, destinadas à segunda habitação”. Na sua opinião, “as pessoas estão à procura de boas oportunidades de negócios e as vendas que realizámos tiveram valores entre os 70 mil euros e os 300 mil euros”. Marisa Queirós adianta, que “são poucos os clientes que recorrem ao crédito e quando o fazem já tem um volume significativo do dinheiro necessário para concretizar a aquisição”.

Os emigrantes que compraram na loja RE/MAX Praia, em Albufeira, são oriundos, especialmente, “de países como o Canadá, França e Suíça”.

A procura de casa para arrendamento, por parte das famílias locais, é outro dos aspetos que caracteriza o mercado em Albufeira. 

Fogos em oferta

De acordo com a Confidencial Imobiliário (CI) o número de fogos em oferta no concelho de Albufeira é de 2415 frações, sendo que 1643 estão localizadas na freguesia sede. 

Cerca de 60% das casas, nas diferentes freguesias do concelho, são constituídas por casas usadas. Curiosamente, a oferta é caraterizada, especialmente, por apartamentos até T1 (30%), seguindo-se as moradias até T3 (28%) e só depois os apartamentos T2 (21%). 

De acordo com a CI, a procura de casas novas (46%) é superior à de casas usadas (53%), verificando-se que em 2011 foram vendidas 793 frações no concelho. Este facto permite estimar que o tempo médio de escoamento da atual oferta será de 4,5 anos, sendo que atualmente o período de venda de uma casa é de 14 meses.

Reabilitação dos imóveis

A autarquia de Albufeira está a incentivar os proprietários para a reabilitação dos imóveis, quer estes se situem em determinadas áreas perfeitamente identificadas da cidade, quer nas restantes freguesias. De acordo com a autarquia, para avançar com a reabilitação os proprietários podem recorrer aos apoios previstos no Regime Jurídico da Reabilitação Urbana (RJRU). 

Nos termos do artigo 5º do regime jurídico da reabilitação urbana, incumbe ao Estado e às autarquias locais de assegurar a promoção das medidas necessárias à reabilitação de áreas urbanas que dela careçam.

O município de Albufeira prepara-se para apresentar, brevemente, algumas propostas de projeto de delimitação de Áreas de Reabilitação Urbana (ARU), a desenvolver através do planeamento de uma ORU simples (operação de reabilitação urbana), que consiste numa intervenção integrada de reabilitação urbana de uma área, dirigindo-se principalmente à reabilitação do edificado, num quadro articulado de coordenação e apoio da respetiva execução.

Garantir a manutenção do espaço público em Albufeira

“O município de Albufeira tem feito nos últimos anos investimentos importantes em termos daquilo que é o espaço público, nomeadamente em termos da construção de novas infraestruturas (estradas, parques de estacionamento e intervenções ao nível do saneamento e águas); na área das de acessibilidades; e na criação de espaços verdes e de lazer”, refere fonte da autarquia. Contudo, no momento presente, dado o atual contexto económico, a prioridade do município de Albufeira “passa por garantir a adequada manutenção do espaço público existente”, esclarece a mesma fonte. A autarquia destaca os investimentos em intervenções como o programa Polis do centro da cidade, a nova entrada principal da cidade, a envolvente da Cidade Desportiva de Albufeira, com o pavilhão e as piscinas municipais, o estádio e o Parque da Alfarrobeira.

No turismo, o município continua a valorizar a marca Albufeira, para que a cidade seja reconhecida como a capital do turismo, permitindo um maior desenvolvimento económico do concelho. “Fizemo-lo, muitas vezes, numa lógica de complementaridade com as associações e empresários, ouvindo as suas preocupações e as suas necessidades”, salientou, recentemente, o presidente da autarquia José Carlos Rolo.


Fonte: Público

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.