A frase é de Frederico Costa durante a Mesa Redonda sobre o Turismo Residencial em Portugal, promovida, esta quarta-feira, pelo INP. O presidente do Turismo de Portugal falava a propósito da dificuldade que alguns resorts enfrentaram com a crise. “Há projectos que funcionaram e outros que não”, disse. Frederico Costa defendeu que isso é aplicável a todos os negócios, estando o mercado encarregue de escolher os melhores e havendo sempre projectos que acabam por cair.
Frederico Costa reconhece que no passado a facilidade de obtenção de crédito despoletou o investimento, “mas quando a situação se complicou ao nível da procura, e com juros apertados, algumas empresas ficaram em situação difícil”.
Sobre o apoio dado pelo governo ao investimento, Frederico Costa considera que: “Ainda bem que o Governo apoiou na altura”, lembrando que “o contexto era de crescimento da procura”.
Bernardo Trindade, actual administrador executivo do Grupo Porto Bay e ex-secretário de Estado do Turismo, foi também um dos oradores do evento. A propósito do apoio ao investimento, começou por fazer uma contextualização: “A reforma legislativa foi orientada para que fosse amiga de quem queria investir. A confiança no investimento resultou da evolução positiva da procura do mercado externo e interno”. Com este cenário, “muitos investidores olharam para este sector. Sim, houve houve crédito fácil, mas a procura estava a crescer”.
Turismo residencial versus Imobiliária turística
Em cima da mesa também esteve a discussão sobre se o “imobiliário deve ter a designação de turístico”. Sobre esta questão, Bernardo Trindade lembra que a legislação dos empreendimentos turísticos veio dar resposta, introduzindo o serviço como factor diferenciador entre o que pode ser considerado turístico. Bernardo Trindade defendeu, ainda, que deve haver uma discriminação entre o que é uma parcela de um empreendimento turístico, sujeita aos parâmetros que a lei dos empreendimentos turísticos define, e as restantes casas.
Já Diogo Gaspar Ferreira entende que é “uma falsa questão”. “É o mercado que escolhe. O cliente é que escolhe se quer comprar casa com serviço ou não. Haverá sempre um circuito paralelo que não há forma de controlar”.
Recorde-se que Governo apresentou no final de Janeiro o plano de acção “Living in Portugal”, com uma plataforma online associada. O plano vai vigorar entre este ano e 2014, com diversas acções de promoção externa.
Através do portal, disponível em seis idiomas, qualquer cidadão estrangeiro interessado em comprar uma segunda residência em Portugal poderá encontrar toda a informação de que necessita e ver a oferta disponível.
Fonte: Publituris
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