02 julho 2013

GEF ressente-se da crise imobiliária


O projecto Bom Sucesso, em Óbidos, continua a apresentar sérias dificuldades.
A actividade da GEF-Gestão de Fundos Imobiliários, que responde por uma carteira de oito fundos fechados, ressentiu-se no ano passado da crise que grassa no sector imobiliário. A sociedade fechou o ano com um lucro de 105 mil euros, segundo o relatório e contas hoje publicado em Diário da República. A administração da GEF propõe que o resultado seja repartido entre a reserva legal (5.281 euros) e o remanescente em resultados transitados.

A GEF debateu-se com sérias dificuldades na colocação dos activos e, em certos casos, decidiu apostar no mercado do arrendamento. 

O fundo que apresenta mais dificuldades é o Fundo Investimento Imobiliário Fechado Bom Sucesso, que responde pelo projecto imobiliário Bom Sucesso, em Óbidos. No ano passado, este fundo assinou um novo contrato de financiamento, de 5,7 milhões para "construção, reestruturação de passivo e tesouraria". Ainda em 2012, e com o objectivo de "reduzir drasticamente o passivo do fundo" foi efectuado um aumento de capital em 10 milhões de euros por transformação de parte do crédito detido pelo participante, a sociedade Acordo Óbidos, lê-se no relatório e contas."Estas duas operações permitiram não só dotar o fundo de mais meios necessários à conclusão de algumas das obras em curso bem como refazer os racios de capital do fundo", adianta.

O empreendimento Bom Sucesso tem registado "o abandono de alguns clientes das posições contratuais que anteriormente assumiram, o que se tem vindo a sentir com mais acuidade nos de nacionalidade espanhola", refere. A GEF conclui que 2012 "continuou a registar o reflexo da crise sentida ao nível da actividade imobiliária com uma diminuição substancial da procura deste tipo de produto, situação que fará repensar alternativas à gestão dos imóveis em carteira".

Para este ano, a GEF demonstra algum optimismo face à criação de incentivos fiscais a estrangeiros que invistam em imobiliário, assim como à política de concessão de autorizações de residência para estrangeiros, que podem animar um pouco o mercado. Mas é no mercado do arrendamento e no sector dos escritórios, serviços e hotelaria que a GEF depositava mais confiança na retoma.

Fonte: Económico

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