01 março 2014

Casas portuguesas são mais eficientes


As casas em Portugal começam a ser cada vez mais ‘verdes’ e eficientes a nível energético. 

Mesmo que ainda falte um longo caminho para se conseguir um parque habitacional mais sustentável os primeiros passos já foram dados, sobretudo com a obrigatoriedade dos certificados de eficiência energética.

A utilização de uma construção mais sustentável corresponde a uma gestão responsável de um ambiente construído saudável. A relação entre as casas que habitamos e a nossa saúde é estreita e para o provar demonstram os números revelados por Francisco George, director-geral da Saúde na conferência ‘Integrando a Qualidade do Ar Interior e da Eficiência Energética em Edifícios’, organizada pela Ordem dos Engenheiros, “23% dos portugueses não atingem os 70 anos de idade e 30% dessas mortes relacionam-se com a qualidade do ar interior dos edifícios”.

E se até alguns anos essa preocupação não fazia parte dos planos dos promotores, construtores, engenheiros e arquitectos, hoje elas são parte integrante do seu trabalho, sobretudo quando existe um sistema de certificação energética obrigatório, tanto para casas construídas de raiz ou na reabilitação.

Por esse motivo os certificados de classe A+, A, B, B- e C são os mais atribuídos actualmente ao edificado português. Segundo o Market Outlook de Fevereiro de 2014, do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e das Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, com base na informação da ADENE – Agência para a Energia, a classificação C continua a dominar e verifica-se que as A+, A, B, B- começam a ganhar mais certificados e a distanciarem-se em relação às classificações mais baixas, ou seja em piores condições de eficiência energética.

A C é a que obtém 1.457 certificados, a B- obtém 954, B consegue 908, a A com 636 e a A+ 128. Abaixo do C com piores desempenhos energéticos, ficam os edifícios com a classificação D com 575 certificados emitidos, E com 422, F com 123 e G com 166.

Como se pode observar foram emitidos mais certificados com as melhores classificações de eficiência energética. Isto são boas notícias porque as casas portuguesas começam a ser mais eficientes e a contribuírem para um parque residencial mais sustentável.

Projectos de remodelação e reabilitação com mais certificados

Também nos projectos de remodelação e reabilitação o número de certificados tem vindo a subir, se em Maio de 2013 representavam 8,70% das emissões de certificados em Setembro era já de 16,34%.

Mas estes são resultados que dizem respeito às habitações porque os edifícios de escritórios ainda estão longe destes resultados. De acordo com o relatório da APEMIP, apesar de neste segmento a maior percentagem de certificados irem para a classificação B- (121) e B (98), os restantes certificados distribuem-se pelas piores classificações, sendo mesmo a que fica na cauda, a G que obtém o maior número de emissões (262).

Neste caso em concreto, os edifícios de escritórios construídos de raiz e de grandes dimensões são os mais eficientes energéticos (97) mas como a construção destes projectos são em menor número e têm vindo a diminuir, isso acaba por se reflectir nestes resultados. Já os pequenos edifícios sem sistema de climatização são os que obtém mais certificados (653), os pequenos edifícios com sistema de climatização receberam 42 certificados.

Fonte: Diário Imobiliário

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