22 julho 2013

Rui Rio desiste de reabilitar o Bolhão


Promessa eleitoral de total reabilitação do Bolhão dos três principais candidatos à presidência da Câmara do Porto leva autarca a travar obras no mercado.
A Câmara do Porto anunciou na sexta que não vai investir a verba prevista de 700 mil euros em obras de melhoramento no degradado Mercado do Bolhão.
Em comunicado, o executivo de Rui Rio justifica a desistência "de um pequeno arranjo no mercado" com as promessas de reabilitação integral do Bolhão já feitas pelos candidatos Luís Filipe Menezes, Rui Moreira e Manuel Pizarro. 

"Dois deles declararam o Bolhão como uma prioridade que assumem concluir até ao final do mandato, embora com modelos de exploração e previsões quanto aos montantes de investimento necessários muito distintos", refere o comunicado do gabinete de comunicação, acrescentando que "o terceiro prometeu, inclusive, começar as obras logo no primeiro ano de mandato e terminá-las ainda na primeira fase do mesmo, o que permite concluir que as mesmas deverão estar totalmente concluídas já em 2015".

Luís Filipe Menezes, candidato do PSD, já anunciou que irá avançar com as obras no emblemático mercado do Porto no seu primeiro ano de mandato e resolver num ano a reabilitação que se arrasta há quase uma década.

Manuel Pizarro, do PS, também avançou que irá recuperar o Bolhão com um investimento de oito milhões de euros até 2015, enquanto o candidato independente, Rui Moreira, se comprometeu tornar o projeto exequível em 12 meses e investir no mercado 17 milhões de euros.

Rio deixa 700 mil euros de herança para o Bolhão 

Como a ideia do atual Executivo "não é coincidente com a visão dos atuais candidatos", a Câmara do Porto sustenta que o dispêndio de 700 mil euros previsto para 2013 seria sempre um desperdício de dinheiro público, porquanto, "seja qual for o resultado eleitoral ditará sempre um novo investimento no Bolhão e a destruição de tudo o que agora lá pudesse ser feito".

O executivo de Rui Rio lembra que só em final de maio a verba para a ligeira intervenção no Bolhão devido a atrasos do Tribunal de Contas na apreciação do contrato-programa da Câmara com a empresa municipal de Gestão e Obras Públicas.

Em nome da sensatez, refere o comunicado, os 700 mil euros ficarão disponíveis para quem nos próximos quatro anos irá conduzir os destinos da cidade.

Fonte: Expresso

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