23 setembro 2013

Mediadoras mais confiantes para o último trimestre


IMOnews Portugal
Empresas fazem balanço positivo do primeiro semestre com o arrendamento a ganhar mais terreno.
Apesar da crise que continua a afectar o imobiliário, as mediadoras já começam a mostrar algum optimismo para o último trimestre do ano. Esta é uma das conclusões do inquérito mensal de conjuntura da APEMIP. "As expectativas gerais das empresas de mediação imobiliária para o último trimestre de 2013 são claramente mais positivas para o sector, surgindo também algumas expectativas perante potenciais mercados internacionais que parecem estar a olhar para o mercado nacional", revela o documento.

Este optimismo vem reforçar a tendência positiva já verificada no primeiro semestre do ano. Esta expectativa deve--se, segundo o relatório, a dados como o período sazonal - com a vinda de emigrantes e turistas que podem vir a adquirir um imóvel - com o novo quadro legislativo do sector, com a maior diversificação na captação de investimento e com os golden visa.

Recorde-se que os interessados em obter uma autorização de residência no país, entre outras condições, terão de transferir capitais de montante igual ou superior a um milhão de euros, criar pelo menos 10 postos de trabalho ou comprar um imóvel com valor igual ou superior a 500 mil euros. É este último requisito que está a chamar a atenção das mediadoras que estão a abrir lojas específicas destinadas a este sector. De acordo com o mesmo estudo, no primeiro semestre do ano o sector da habituação foi aquele que registou maior actividade junto das mediadoras (99,7%), seguido pelos terrenos urbanos (66,1%) e pelo comércio (65,5%).

RAIO-X 
Mais uma vez a maior procura registou-se no mercado de arrendamento. "As intenções de arrendar um imóvel aproximaram-se dos 45%, sendo que em alguns distritos esta realidade atingiu praticamente metade das pesquisas do portal Yes." No arrendamento residencial, 39% dos casos a nível nacional estabeleceu-se entre os 300 e os 500 euros, em 38% com valores inferiores ou iguais a 300 euros e em 14% entre 500 a 750 euros. "Contrastando a procura com o que existe no mercado para oferta, denota-se um certo desequilíbrio, sobretudo no limite inferior", salienta o documento.

Mais uma vez, quer na procura como na oferta existe uma forte concentração em "apartamentos" e um fraco interesse em "moradias", nas tipologias a oferta centralizou-se nos T2 e T3. A segmentação por valores de mercado para venda regista uma maior concentração entre 75 000 e 125 000 euros (29%) e entre os 125 000 e os 175 000 euros (20%). Quanto a valores por metro quadrado, a oferta residencial nacional concentrou-se no intervalo entre mil e 1500 euros por metro quadrado, representando 34,4% dos imóveis disponibilizados.

O estudo chama ainda a atenção para a importância do Algarve como destino de férias, uma vez que, do total de alojamentos, quase 50% destina-se a residência habitual e perto de 40% representa alojamento sazonal.

Fonte: iOnline

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