Subida das Euribor vai ditar aumento da mensalidade nos contratos com revisão no mês de Novembro.
As prestações do crédito à habitação vão voltar a aumentar. Quem tiver revisão do contrato em Novembro vai sentir na mensalidade do mês seguinte um ligeiro agravamento do valor a pagar ao banco, fruto da valorização das taxas que servem de indexante nos financiamentos para a compra de casa utilizados em Portugal. No caso dos portugueses com empréstimos indexados à Euribor a três meses, será o terceiro aumento consecutivo.
Tanto os créditos associados à taxa interbancária a três como a seis meses vão ficar mais caros. Contudo, é nos financiamentos com a Euribor de mais "longo prazo" que se sentirá mais a subida das taxas. A prestação de quem revê o contrato em Novembro vai agravar-se em 0,24%, dada a subida do indexante de 0,324% para 0,341%. Nos créditos com taxa a três meses sobe 0,07%.
Num financiamento para a compra de habitação própria no valor de 100 mil euros, a 30 anos, ao qual tenha sido atribuído um "spreed" de 0,7%, a mensalidade dos créditos com a Euribor a seis meses aumentará dos atuais 322,74 para os 323,51 euros a pagar em Dezembro. Ou seja, são mais 77 cêntimos por mês. Nos créditos com a Euribor a três meses, de acordo com os cálculos do Negócios, a prestação sobe 23 cêntimos.
Enquanto para quem tem o financiamento indexado à taxa a seis meses este será o primeiro aumento em dois anos, aqueles que estão mais dependentes da taxa a três meses vão sentir o terceiro agravamento consecutivo da mensalidade. Neste período, no entanto, o agravamento da prestação foi reduzido: 0,3%, dado que o movimento de recuperação de mínimos das Euribor tem sido gradual.
Redução de liquidez
Para a evolução recente das taxas interbancárias tem contribuído a redução de liquidez no sistema financeiro da Zona Euro. O montante extra que existe no mercado tem vindo a encolher, tendo ficado pela quarta vez consecutiva abaixo dos 200 mil milhões de euros, o que começa a colocar pressão nas taxas de mercado.
Com a redução da liquidez, as Euribor poderão começar a convergir com a taxa do BCE, de 0,5%. Mario Draghi sinalizou que poderá avançar com um novo programa de financiamento de longo prazo para a banca. Mas vários membros da autoridade monetária têm indicado o contrário. Yves Mersch, do Conselho Executivo do BCE, diz que estão a verificar-se sinais de melhoria no financiamento da banca.
Fonte: Negócios
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