06 dezembro 2013

Autarquia de Lisboa pede cinco milhões por três palácios


Entre os espaços que a Câmara quer alienar está o Pancas Palha, onde funciona há um ano a Companhia Olga Roriz. Está à venda por 2,5 milhões.
A Câmara Municipal de Lisboa (CML) quer vender três palácios que integram o património da autarquia por 5,5 milhões de euros, além de outros edifícios – entre eles aquele onde funciona atualmente a Santa Casa da Misericórdia, que pretende alienar por um milhão de euros.

O orçamento da CML para 2014, aprovado ontem pela maioria socialista, é de cerca de 730 milhões de euros. Dessa verba, 5,5 milhões deverão entrar nos cofres em troca do Palácio Pancas Palha (a autarquia pede 2,5 milhões por ele) e dos Palácio Monte Real e de Xabregas (1,5 milhões por cada um).

Em reunião de câmara, a oposição considerou a verba "irrealista", mas contactadas várias agências imobiliárias a perceção geral é de que "o mercado de luxo é diferente em Portugal" e "tem regras próprias".

"Este setor de mercado – o dos imóveis de luxo – tem características particulares e não sofreu com a crise. No nosso caso, são mais os investidores portugueses do que os estrangeiros que procuram imóveis", garantiu fonte da Remax. "Em Lisboa, espaços muito grandes são sobretudo desejados por investidores na área hoteleira."

O Palácio Pancas Palha, em Santa Apolónia, estava temporariamente cedido pela câmara à Companhia Olga Roriz, que aí se tinha instalado depois de perder o seu espaço na rua da Prata, que por sua vez já lhe tinha sido cedido pela Tranquilidade.

Sobre a perda de património autárquico, a vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, não quis falar, e o vereador das Finanças, Fernando Medina, não esteve disponível para comentar as opções da CML, por se encontrar em reunião.

Fonte: CM

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