Em algumas zonas de Lisboa e Porto, as rendas baixaram, em média, entre 20% e 30% nos últimos quatro anos.
Nos últimos anos a realidade da maioria das famílias portuguesas mudou e o arrendamento é cada vez mais a opção. Se por um lado os bancos passaram a ser mais exigentes na concessão de crédito à habitação, a instabilidade económica do País também levou muitos portugueses a afastarem-se da decisão de compra de casa. A boa notícia é que o valor das rendas tem vindo a descer, e em alguns casos a quebra chega a ultrapassar os 20% face aos valores de há quatro anos.
Com base em dados disponibilizados pelo Confidencial Imobiliário, o Diário Económico analisou a evolução dos preços de oferta de arrendamento nas duas principais áreas urbanas do País - Lisboa e Porto - e mostra as zonas onde as rendas mais baixaram nos últimos quatro anos e onde é mais barato encontrar casa.
No último Caderno de Estudos, a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) salienta precisamente o facto de, no final de 2013, o arrendamento rondar 50% das intenções de procura no portal imobiliário Casa Yes, sendo que em alguns distritos como Lisboa e Porto chegavam a ultrapassar essa fasquia. Em declarações ao Diário Económico, o presidente da APEMIP, Luís Lima, considera mesmo que o arrendameillo "vai ser o mercado do futuro". "Os jovens têm noção que ao comprar casa estão a assumir um compromisso e tendo em conta a situação do país, vão acabar por optar pelo arrendamento , salienta Luís Lima.
No caso dos dados facultados pelo Confidencial Imobiliário, estes tem em conta os preços médios de oferta de arrendamento em Lisboa e Porto do portal lardocelar.com para tipologias de T1 e T2. Face aos preços médios do primeiro trimestre de 2010, tendo em conta os dados disponíveis por freguesias, constata-se no final de 2013 uma quebra média de preços na ordem de 14% e 16%, para T2 e , situados em Lisboa e de 5% e 7% para imóveis do Porto. Em algumas situações observa-se mesmo quebras acima de 20% e 30%. É o que se passa com T2 situados na Ajuda (-38%), Santa Maria de Belém (-31%), Marviia (-31%) e Ameixoeira (-30%), em Lisboa. No Porto, a situação é similar em Aldoar (-27%), Foz do Douro (-19%) ou Ramalde (-19%).
Para Luís Lima, estas descidas não são consequência da maior competitividade do segmento, mas sim do facto de ocorrerem sobretudo em zonas com menor procura. "Se olharmos para as zonas onde há mais procura, não há um decréscimo considerável. As rendas teriam que baixar 30% a 40% para o mercado ser competitivo", esclarece. Já Ricardo Sousa, administrador da imobiliária Century 21, considera que a pressão no valor das rendas "deveu-se,sobretudo, à entrada no mercado de um novo segmento de clientes na procura de arrendamento, que não conseguiram ter acesso ao crédito à habitação e que apresentam também um rendimento disponível muito limitado".
Não existem muitas dúvidas que a zona onde se escolhe viver é determinante no que respeita ao preço a pagar pela renda. Por exemplo, em Lisboa a discrepância é de tal ordem que para um T2 a diferença de preços entre a zona mais barata e a mais cara pode ser mais do triplo.
Fonte: Diário Económico
Com base em dados disponibilizados pelo Confidencial Imobiliário, o Diário Económico analisou a evolução dos preços de oferta de arrendamento nas duas principais áreas urbanas do País - Lisboa e Porto - e mostra as zonas onde as rendas mais baixaram nos últimos quatro anos e onde é mais barato encontrar casa.
No último Caderno de Estudos, a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) salienta precisamente o facto de, no final de 2013, o arrendamento rondar 50% das intenções de procura no portal imobiliário Casa Yes, sendo que em alguns distritos como Lisboa e Porto chegavam a ultrapassar essa fasquia. Em declarações ao Diário Económico, o presidente da APEMIP, Luís Lima, considera mesmo que o arrendameillo "vai ser o mercado do futuro". "Os jovens têm noção que ao comprar casa estão a assumir um compromisso e tendo em conta a situação do país, vão acabar por optar pelo arrendamento , salienta Luís Lima.
No caso dos dados facultados pelo Confidencial Imobiliário, estes tem em conta os preços médios de oferta de arrendamento em Lisboa e Porto do portal lardocelar.com para tipologias de T1 e T2. Face aos preços médios do primeiro trimestre de 2010, tendo em conta os dados disponíveis por freguesias, constata-se no final de 2013 uma quebra média de preços na ordem de 14% e 16%, para T2 e , situados em Lisboa e de 5% e 7% para imóveis do Porto. Em algumas situações observa-se mesmo quebras acima de 20% e 30%. É o que se passa com T2 situados na Ajuda (-38%), Santa Maria de Belém (-31%), Marviia (-31%) e Ameixoeira (-30%), em Lisboa. No Porto, a situação é similar em Aldoar (-27%), Foz do Douro (-19%) ou Ramalde (-19%).
Para Luís Lima, estas descidas não são consequência da maior competitividade do segmento, mas sim do facto de ocorrerem sobretudo em zonas com menor procura. "Se olharmos para as zonas onde há mais procura, não há um decréscimo considerável. As rendas teriam que baixar 30% a 40% para o mercado ser competitivo", esclarece. Já Ricardo Sousa, administrador da imobiliária Century 21, considera que a pressão no valor das rendas "deveu-se,sobretudo, à entrada no mercado de um novo segmento de clientes na procura de arrendamento, que não conseguiram ter acesso ao crédito à habitação e que apresentam também um rendimento disponível muito limitado".
Não existem muitas dúvidas que a zona onde se escolhe viver é determinante no que respeita ao preço a pagar pela renda. Por exemplo, em Lisboa a discrepância é de tal ordem que para um T2 a diferença de preços entre a zona mais barata e a mais cara pode ser mais do triplo.
Fonte: Diário Económico
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