13 maio 2014

BCP volta a descer 'spreads' no crédito à habitação em Maio


Este é o quarto mês consecutivo em que as principais instituições financeiras baixam o custo do crédito à habitação.
O BCP voltou a descer os ‘spreads' do crédito à habitação em Maio, apenas três meses após a primeira revisão em baixa. Depois de ter baixado o limite mínimo em Fevereiro - de 3,75% para 3,5% - o BCP voltou agora a cortar o preço que cobra no financiamento à habitação, desta vez, em ambos os extremos do intervalo. 

Desde o início do ano, seis dos 12 maiores bancos já baixaram os custos do crédito para a compra de casa. Este é, aliás, o quarto mês consecutivo em que se registam alterações nos preçários das principais instituições a operar em Portugal. 

O BCP reviu o ‘spread' mínimo para 3%, enquanto o limite máximo desceu de 5,5% para 5,25%, um dos valores mais baixos no mercado nacional, só batido pelo Crédito Agrícola, que tem actualmente um ‘spread' máximo de 4,25%.

Por um lado, as perspectivas de recuperação da economia portuguesa, aliadas ao aumento da confiança dos consumidores, permitem olhar com algum optimismo para a recuperação do imobiliário em 2014. Já do lado da banca a relativa normalização das suas condições de financiamento, a necessidade de aumentar as margens financeiras e a diminuição das novas entradas em incumprimento permitem-lhes começar a flexibilizar os critérios de concessão de crédito.

Uma tendência que é visível não só através da revisão de ‘spreads' mas também das várias campanhas lançadas pelos bancos nos últimos meses. Já esta semana foi a vez do Crédito Agrícola apostar em soluções de habitação para jovens, entre os 18 e os 30 anos. 

Entre as vantagens oferecidas pelo banco na contratação de um crédito à habitação está a isenção do pagamento das comissões de análise do processo, caso leve um amigo para a instituição. Também o banco BIC lançou, no último mês, uma forte campanha de crédito à habitação, onde volta a financiar até 90% do valor da avaliação. De recordar que, há cerca de dois anos, todo o mercado corrigiu os rácios de financiamento para um máximo de 80% do valor do imóvel, como forma de limitar o risco e os montantes de concessão de crédito.

Em Março a taxa média nos novos empréstimos à habitação corrigiu ligeiramente, de 3,44% para 3,39%, segundo os dados divulgados na terça-feira pelo Banco Central Europeu. Já a taxa anual efectiva global (TAEG), que engloba todos os custos do empréstimo, teve uma correcção mais acentuada, de 4,14% para 4,03%. Ou seja, os bancos não estão apenas a baixar o custo dos empréstimos via ‘spreads' mas também via comissões. De lembrar que, em Janeiro e Fevereiro, estas taxas haviam subido ligeiramente, num movimento que o mercado atribuiu a um aumento do financiamento para a aquisição de imóveis fora do balanço dos próprios bancos.

Fonte: Diário Económico

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