O balanço é muito positivo: "o volume de negócios das duas primeiras edições foi de 200 milhões de euros, com vendas diretas e indiretas.
Com esta terceira edição esperamos, no global, 500 milhões de euros, ou seja, mais 300 milhões", acrescenta Vinhas Pereira.
A terceira edição contou com 140 expositores, mais do dobro do ano passado, distribuídos num espaço de cinco mil metros quadrados, o qual poderá ser duplicado na edição do próximo ano, segundo o presidente da CCIFP.
Vinhas Pereira admite que a maior parte dos visitantes eram franceses aposentados atraídos pela chamada "reforma dourada", mas sublinha que, "além das isenções fiscais previstas pelo Regime Fiscal para Residentes Não Habituais, muitos vieram para se informar e ver o que podiam comprar porque o imobiliário português é uma grande oportunidade de investimento, os preços aumentaram sete por cento no espaço de um ano e as pessoas sentem que é melhor comprar agora".
A empresa "Maison au Portugal" está presente na feira desde a primeira edição, tendo assistido a um aumento de 40 por cento de pedidos em dois anos "por causa do regime fiscal implementado em Portugal", conta o administrador Pascal Gonçalves.
"A terceira edição correu muitíssimo bem. Fizemos seis reservas de imóveis, só da parte de franceses. Quatro são de investidores que acreditam que o imobiliário em Lisboa vai valorizar e está barato", refere Pascal Gonçalves, acrescentando que o valor médio é de 400 mil euros por apartamento em condomínios fechados na capital portuguesa.
No primeiro trimestre deste ano, 547 franceses adquiriram imóveis em Portugal, de acordo com Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), que conta com cerca de 30 mediadoras no salão.
"Este ano, o valor do investimento estrangeiro em Portugal, no setor imobiliário, anda à volta de 1,5 milhões de euros a dois mil milhões de euros", revela Luís Lima, acrescentando que o "objetivo é atrair o máximo de investimento estrangeiro" num salão que foi "uma grande surpresa em termos de afluência".
O presidente da APEMIP destaca, também, que os franceses que estão a comprar em Portugal são, em geral, seniores, e que "um euro investido pode ser multiplicado por três ou quatro, visto que investem em saúde, alimentação e fixam residência por um tempo razoável".
O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário, também visitou a feira e admitiu à Lusa que "a descoberta do mercado francês é, por paradoxo, relativamente recente mas absolutamente fundamental para que os nossos empreendedores imobiliários consigam vender aquilo que têm e que é de enorme qualidade".
Fonte: DN
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