13 maio 2014

Tempo médio para venda de imóveis baixa 20% em um ano


Em Abril, os profissionais do sector imobiliário revelaram que o tempo médio de espera para vender casa baixou para 13 meses.
São cada vez mais fortes os sinais a apontar para a recuperação do mercado imobiliário português. Segundo os últimos dados do IMI - Imovirtual Market Index, o tempo médio de espera para a venda de imóveis caiu de 14 meses, em Março, para 13 meses, em Abril. Face ao período homólogo, isto representa uma quebra de perto de 20% tendo em conta os 16 meses que, em média, os profissionais revelaram ter aguardado para concretizar as transacções.


Este estudo da iniciativa do portal imobiliário Imovirtual - e que ausculta mensalmente profissionais de mediação imobiliária, angariadores imobiliários e empresas de gestão e administração de imóveis - revela também que o tempo de absorção dos imóveis de arrendamento rondou em Abril os quatro meses e meio. Isto também sinaliza uma ligeira recuperação comparativamente aos quase cinco meses que se verificavam em Março último.

Os indícios positivos para o mercado imobiliário são perceptíveis também no que diz respeito à evolução do número de visitas por potenciais interessados. Do total de 136 profissionais inquiridos no estudo da Imovirtual, 43% mencionaram um aumento das mesmas em Abril. Além disso, 39% dos inquiridos revelaram, no mês em análise, um crescimento do produto em carteira e da própria actividade imobiliária.

Estes dados vão ao encontro do último Portuguese Housing Market Survey. Este inquérito referente ao mês de Março divulgado há poucos dias pelo Confidencial Imobiliário sublinhava que a procura no mercado de compra e venda de casas continua a crescer, reforçando os resultados positivos que se vêm fazendo sentir desde Agosto do ano passado, dinamizada tanto pelas famílias portuguesas como pelos investidores estrangeiros. Estes últimos incentivados pelo novo regime fiscal para não residentes e pela política de atribuição dos "vistos dourados".

No entanto, o mercado imobiliário continua a ter como principal adversário na sua descolagem as restrições na concessão de crédito bancário. No inquérito da Imovirtual, este obstáculo foi o mais enumerado (57% dos inquiridos), seguindo-se a instabilidade no mercado de trabalho (55%) e a diminuição do poder de compra (46%), em linha com verificado nos meses anteriores.

No curto prazo, as expectativas de 59% dos profissionais inquiridos são, no entanto positivas, referindo um acréscimo do dinamismo da actividade. Entre o total de auscultados apenas 3% acredita na inevitabilidade de uma deterioração das condições em que o mercado imobiliário opera, no futuro próximo.

Fonte: Diário Económico

0 comentários:

Enviar um comentário

Obrigado pelo seu comentário.