Lâmpadas com sensores, frigoríficos que se ligam à Internet, televisões que sabem o que o utilizador quer ver, sistemas' de climatização que controlam ao minuto a variação de temperatura da casa. As casas em que os dispositivos electrónicos estão conectados entre si estão a transformar-se numa realidade.
As empresas ouvidas pelo Semana também parecem estar todas alinhadas numa tendência, ou melhor, numa mudança de paradigma a que se tem assistido: a abordagem M2M já não é maioritariamente exclusiva do domínio empresarial; é uma área que cada vez mais está a entrar na casa do utilizador final.
As casas inteligentes, em que quase todos os dispositivos electrónicos estão conectados entre si, estão a transformar-se numa realidade e não apenas num cenário de ficção. Já existem lâmpadas com sensores, frigoríficos que se ligam à Internet, televisões que sabem o que o utilizador quer ver, sistemas de climatização que controlam ao minuto a variação de temperatura da casa. E nos próximos anos vão existir ainda muitos exemplo: mais equipamentos e opções.
Aquela que é uma das maiores tecnológicas pela sociedade e do mundo, a Apple, apresentou recentemente o seu contributo para este modelo de casa conectada. Através do Home Kit, todos os equipamentos que até agora têm funcionado de forma independente, vão poder começar a trabalhar em conjunto. E, apesar de o sistema operativo iOS ser a plataforma centralizadora, caberá aos prestadores de serviços de M2M conseguirem colocar todos os dispositivos em comunicação.
Curiosamente o percurso que tem sido feito é de um ambiente macro para um ambiente micro, isto é, tem-se apostado muito nas cidades inteligentes e agora é que se assiste a um esforço adicional para que também as casas sejam inteligentes. A IBM acredita que as cidades conectadas são uma das grandes áreas de crescimento e é aqui que a tecnológica tem focado parte do seu interesse no que respeita a M2M.
Mas no campo das casas pode-se apresentar um exemplo da reconversão que tem acontecido: a ISA, que desde cedo apostou na «tradicional» área da telemetria, tem uma solução de gestão eléctrica «caseira», o Cloogy. Nos números revelados pelo director de Marketing da empresa, Pedro Mendes, fica-se a saber que o equipamento já vendeu 20 mil unidades em Portugal e «fora de portas». Os dados recolhidos, mostram que, com o Cloggy, os utilizadores conseguem poupar cerca de 25% na. factura da electricidade, sendo este um dos da muitos exemplos do que os equipamentos conectados podem fazer pelas pessoas, pela sociedade e pelo mundo em geral.
O executivo traça ainda um cenário daquilo que os utilizadores vão poder esperar das suas casas. «Num futuro muito próximo, será possível a um utilizador residencial controlar todas as questões centrais de uma casa, em tempo real e à distância, a partir de uma única plataforma. Através de um computador, smartphone ou tablet, terá o poder de controlar o consumo de electricidade e gás de sua casa, mas também de controlar aspectos ligados à segurança e ao conforto.» Como resume o client executive da Cisco, Sérgio Bergano, «num futuro próximo tudo o que possamos imaginar estará conectado à Internet».
Fonte: Casa dos Bits / Rui da Rocha Ferreira
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