Portugal tem vindo também a subir nos rankings em termos da transparência do mercado imobiliário. O país situa-se em 2014 na 23ª posição do Índice de Transparência do Imobiliário a nível global, tendo evoluido face à 28ª posição que ocupava na edição anterior (2012). Mantém-se, assim, na categoria de “Transparente” - só superada pelos países que ocupam os 10 primeiros lugares deste Índice, que são classificados como de “Elevada Transparência”.
De acordo com a edição de 2014 do relatório bianual Global Real Estate Transparency, divulgado pela Jones Lang LaSalle (JLL) e pela LaSalle Investment Management, Portugal exibiu em 2014 melhorias bastante razoáveis, «tendo em conta que o país foi fortemente afectado pela crise financeira, o que limitou a sua capacidade de evoluir em termos de transparência», particularmente dado que a «escassez de actividade de investimento» reduziu a quantidade de informação disponível sobre transacções.
«O facto de Portugal ser um país cada vez mais transparente em termos de imobiliário é uma excelente notícia para os investidores internacionais. É um resultado que nos deixa muito satisfeitos, sobretudo numa altura em que o país está a recuperar da crise e a melhorar a sua imagem no exterior», afirma Pedro Lancastre, diretor geral da JLL Portugal.
O responsável adianta ainda que as reformas introduzidas na economia e na Banca, aliadas ao facto da actividade de investimento ter iniciado um percurso de recuperação, foram importantes para a subida no índice. «A introdução do programa de Golden Visa permitiu também abrir o mercado a novas fontes de capital global», garante Pedro Lancastrel.
África também cada vez mais transparente
Nos mercados em que a transparência melhora e abunda, seguem-se quase sempre fluxos de investimento imobiliário e mudanças no mercado. Esta tendência chegou finalmente a uma das últimas fronteiras do imobiliário terciário: a África Subsariana, que concentra cinco dos dez lugares dianteiros no que respeita ao avanço em termos de transparência do mercado imobiliário. Classificam-se nesse ranking o Quénia, Gana, Nigéria, Zâmbia e Mauritânia. E, com uma maior afluência de ocupantes corporativos, as economias de maior crescimento desta região estão a captar cada vez maior interesse de imobiliário global.
De acordo com o estudo, os países da África Subsariana estão numa fase ainda bastante inicial de construir e reformar as suas infraestruturas da indústria de imobiliário comercial. Mas a resposta aos interesses externos coloca alguns dos seus países, ainda assim. entre os que mais evoluíram face a inquéritos anteriores. Isso já tinha acontecido com os países MTST (México, Indonésia, Correia do Sul e Turquia), que dominaram o Top 10 global em 2012, ou os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), que se destacaram em 2010.
Incentivar a inovação
Contudo, a relação entre a sofisticação do mercado e as mudanças em termos de evolução positiva não podia ser mais evidente do que no “top tier” que lidera o Índice de Transparência. Os mercados de “Elevada Transparência” assistiram ao tipo de reformas que podem impulsionar outros países a saltar da categoria de “Baixa Transparência” para a etapa de “Semi-Transparência” por muitos anos. Como resultado, o progresso no extremo de “Elevada Transparência”, que continua a ser dominado pelos mercados anglófonos, resume-se, em grande parte, à inovação e ao desenvolvimento tecnológico, incluindo iniciativas de partilha de dados.
“Este tipo de inovações serão catalisadores críticos de mudança na evolução da transparência imobiliária. Podemos contar com isso, dado que a revolução da informação digital está a ser impulsionada por uma geração jovem, hiperligada, sedenta de informação e com elevada mobilidade profissional”, conclui Jacques Gordon, Global Strategist da LaSalle Investment Management.
Fonte: SOL/JLL
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