Nos últimos 12 meses, entre Abril de 2013 e Março de 2014, estima-se que tenham sido emitidas aproximadamente 596 novas licenças AMI, das quais cerca de 27% estavam concentradas no distrito de Lisboa (mais de 160 novas empresas de mediação imobiliária), 16% no distrito do Porto (96 licenças), 14% no distrito de Faro (83) e 10% no distrito de Setúbal (59 novas empresas).
Nos restantes distritos, numa análise transversal, a generalidade continua a demonstrar ter conseguido "angariar" pelo menos uma nova empresa de mediação. A exceção foi o distrito da Guarda, onde não se verificou a entrada de novos atores no mercado.
Esta dinâmica é superior à observada em anos anteriores, fruto de novos instrumentos, sobretudo jurídicos, como a nova lei da mediação imobiliária, que impulsionaram a fileira do setor.
Aumento de 19% só no primeiro trimestre de 2014
De acordo com o Catálogo de Estudos do I Trimestre de 2014 da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal, foi possível observar que o fluxo de entrada de novos agentes no mercado foi bastante dinâmico. No primeiro trimestre de 2014, de acordo com os dados do InCI - Instituto da Construção e do Imobiliário, existiam 3.221 empresas em actividade, registando um aumento de 19%, em relação a 2013. Esta é uma situação transversal ao território nacional.
Mantendo a análise no âmbito distrital, e observado a sua representatividade no primeiro trimestre de 2014, os distritos de Lisboa, Faro, Porto e Setúbal - no que respeita ao seu peso relativo em termos do número de empresas de mediação em actividade -, encerravam 2.188 licenças AMI, traduzindo-se em 66% do total de agentes no mercado.
Em suma, a fileira da construção e do Imobiliário, essencialmente a segunda, encontra-se presentemente numa fase de entusiasmo caraterizada por múltiplos «estímulos exogéneos e endógenos», refere o Catálogo de Estudos.
Se por um lado a mediação aumentou 19% em Março face ao período homólogo, em termos de novas agências, já na actividade de construção - tendo por base as empresas nacionais detentoras de título de registo ou de Alvará -, observou-se uma contracção, com valores de - 12% e- 19%.
Fonte: Gabinete de Estudos da APEMIP / SOL
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