04 setembro 2014

Certificação energética na hotelaria


Os sectores do Turismo e Hotelaria em Portugal têm demonstrado uma dinâmica muito positiva. Para este facto, será com certeza de realçar o papel dos agentes de mercado, mas também o potencial intrínseco do nosso País. 
A diferenciação neste sector pode ser feita de muitos modos, nomeadamente na oferta de serviços de elevada qualidade, conjugados com preocupações aliadas à sustentabilidade.



É cada vez mais notória a procura, por parte do consumidor, de produtos certificados, tendo por isso sido desenvolvidos diversos reconhecimentos específicos para a hotelaria, corno o "Ecolabel" ou "Eco-hotel", entre outros. Todos estes reconhecimentos permitem demonstrar o preocupação, por parte da entidade visada. numa oferta equilibrada e com preocupações, em especial, na área ambiental. 

Outro aspecto relevante prende-se com a gestão da energia nestes edifícios, os quais, devido a um conjunto de inúmeros factores (sazonalidade, perfil de ocupação, tipologias de edifícios, equipamentos, etc..) são um desafio importante. Com um foco virado para as duas áreas acima visadas, é importante evidenciar o papel do Certificado Energético, em concreto, na área da Comunicação - numa lógica de promoção do edifício - e a Gestão - numa perspectiva mais operacional. num novo contexto legal, o qual se iniciou no final do ano passado, os edifícios de comércio e serviços (onde se inserem os hotéis), devem continuar a ser periodicamente certificados, leia-se, avaliados no que respeita ao seu potencial em termos de melhoria do desempenho energético. Mas importa igualmente salientar outros aspectos desse contexto legal, e que são de maior importância para os grandes edifícios de comércio e serviços. A titulo de exemplo, as auditorias à qualidade do ar interior as quais deixam de estar a ligadas ao momento da certificação energética, tornando esse processo mais ágil. Mantém-se no entanto a obrigatoriedade do cumprimento de limiares de proteção para os poluentes físico-químicos do ar interior e de condições de referência para os parâmetros microbiológicos. Com a alteração legislativa foram também revistos os modelos dos certificados energéticos no intuito de que o certificado seja mais percetível para o utilizador do edifício ou gestor deste.

Essa caracterização, agora apresentada de forma gráfica, informa sobre a distribuição percentual das várias fontes de energia do edifício e sobre a repartição dos consumos de energia pelos diferentes usos e tipos de espaço. As medidas de melhoria identificadas pelos peritos qualificados reforçam o papel do certificado energético, especialmente relevante num contexto de tendência de evolução do preço da energia e do crescente preocupação com a sustentabilidade e o marketing associado.

No âmbito do Fundo de Eficiência Energética estão previstas um conjunto de ações no sector residencial e serviços, que podem vir a beneficiar os edifícios hoteleiros. O próximo quadro comunitário prevê também que a eficiência energética e as energias renováveis sejam uma área prioritária, pelo que o sector terá todo o interesse em começar desde já a planear a ação futura neste âmbito.

Certificado energético - Consumo de energia estimado para o edifício


Certificado energético - Consumo de energia estimado por uso e tipologia


Fonte: Magazine Imobiliário

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