No espaço de uma década, Portugal passou de um máximo de mais 125.000 fogos concluídos num ano, tendo sido este o recorde registado em 2002, para as apenas 18.859 casas que foram finalizadas em 2013. Os números constam no estudo Sectores Portugal, publicado na Informa D&B, e que entre outras áreas, analisa a atividade das sociedades imobiliárias, observando a forte concentração da atividade nas zonas de Lisboa e Norte.
Os 18.859 fogos concluídos em território nacional no decorrer do ano passado representam uma quebra de 32% neste indicador, na comparação com 2012. A tendência de decréscimo foi transversal a todo o país, embora a Informa D&B chame a atenção para as “fortes quebras” no Algarve (63%) e Alentejo (41%).
O número de fogos licenciados em construções novas também evoluiu negativamente no ano passado, fixando-se nos 7.565. Um número que representa uma descida homóloga de mais de 30% pelo terceiro ano consecutivo.
Segundo a mesma fonte, em 2012 operavam no nosso país cerca de 16.250 empresas dedicadas à compra e venda de bens imobiliários, ou seja, menos 100 que as contabilizadas em 2010. Nesse período foram contabilizados pela Informa D&B cerca de 2.700 operadores com atividade de arrendamento imobiliário, uma atividade que “manteve uma moderada tendência de subida” no biénio 2011-2012.
A mesma fonte refere ainda “uma notável concentração geográfica da atividade”, quer no que toca à compra e venda, quer ao arrendamento, com a zona de Lisboa a concentrar cerca de 40% do total de empresas. Segue-se a zona Norte, com um peso de quase 35%.
Em 2012 estas empresas davam emprego a 28.500 trabalhadores, revelando uma descida face aos 33.140 empregados contabilizados em 2008.
Pelas contas da Informa D&B, em 2013 a produção no setor da construção em Portugal valia 6.142 milhões de euros, dos quais 2.952 milhões correspondentes à edificação residencial (decréscimo de 17,2% face a 2012) e os restantes 3.190 milhões a edificação não residencial (menos 13% que no ano anterior).
Fonte: VI
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