01 setembro 2014

Fogos concluídos por ano passam de 125.000 para menos de 20.000 numa década


No espaço de uma década, Portugal passou de um máximo de mais 125.000 fogos concluídos num ano, tendo sido este o recorde registado em 2002, para as apenas 18.859 casas que foram finalizadas em 2013. Os números constam no estudo Sectores Portugal, publicado na Informa D&B, e que entre outras áreas, analisa a atividade das sociedades imobiliárias, observando a forte concentração da atividade nas zonas de Lisboa e Norte.

Os 18.859 fogos concluídos em território nacional no decorrer do ano passado representam uma quebra de 32% neste indicador, na comparação com 2012. A tendência de decréscimo foi transversal a todo o país, embora a Informa D&B chame a atenção para as “fortes quebras” no Algarve (63%) e Alentejo (41%).

O número de fogos licenciados em construções novas também evoluiu negativamente no ano passado, fixando-se nos 7.565. Um número que representa uma descida homóloga de mais de 30% pelo terceiro ano consecutivo.

Segundo a mesma fonte, em 2012 operavam no nosso país cerca de 16.250 empresas dedicadas à compra e venda de bens imobiliários, ou seja, menos 100 que as contabilizadas em 2010. Nesse período foram contabilizados pela Informa D&B cerca de 2.700 operadores com atividade de arrendamento imobiliário, uma atividade que “manteve uma moderada tendência de subida” no biénio 2011-2012.

A mesma fonte refere ainda “uma notável concentração geográfica da atividade”, quer no que toca à compra e venda, quer ao arrendamento, com a zona de Lisboa a concentrar cerca de 40% do total de empresas. Segue-se a zona Norte, com um peso de quase 35%.

Em 2012 estas empresas davam emprego a 28.500 trabalhadores, revelando uma descida face aos 33.140 empregados contabilizados em 2008.

Pelas contas da Informa D&B, em 2013 a produção no setor da construção em Portugal valia 6.142 milhões de euros, dos quais 2.952 milhões correspondentes à edificação residencial (decréscimo de 17,2% face a 2012) e os restantes 3.190 milhões a edificação não residencial (menos 13% que no ano anterior).

Fonte: VI

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