18 novembro 2014

Agentes imobiliários otimistas


O tempo médio de venda e de arrendamento caiu para 11,9 meses e 3,8 meses respectivamente, avança o Imovirtual Market Index (IMI). A mesma fonte mostra que 46% dos inquiridos registou um aumento de visitas de potenciais interessados e 42% mencionou um aumento do produto em carteira, sendo que a evolução de curto prazo é positiva para 65% dos 224 inquiridos.
O IMI indicador que reflecte a expectativa dos agentes imobiliários em Portugal, desenvolvido pela REVConsultants, evidenciou a manutenção dos níveis de optimismo imobiliário no mês de Outubro.

Embora com ligeiro ajuste face ao mês anterior, a manutenção dos níveis de optimismo foi evidente e ficou a dever-se a uma aparente melhoria do dinamismo imobiliário, em particular no que concerne ao número de transacções realizadas, a um novo ajustamento em baixa do tempo médio de absorção, tanto no segmento de mercado para venda, como para arrendamento e à manutenção de elevadas expectativas, de curto prazo, relativas ao desenvolvimento da atividade.

Este indicador, que reuniu este mês respostas de 224 empresas de mediação imobiliária, angariadores imobiliários, empresas de gestão e administração de imóveis e promotores e investidores imobiliários, reflecte no mês de Outubro: uma diminuição do tempo médio de venda do imóvel, sendo este o mais diminuto desde o início da série; de facto, a colocação de imóveis residenciais para venda assegurou uma sua absorção em 11,9 meses (valor bastante inferior à média dos últimos três trimestres, que se situou em torno 13,9 meses). E no que se refere a imóveis para arrendamento, o tempo médio de absorção rondou os 3,8 meses, registando igualmente um valor diminuto e bastante inferior à média observada desde Abril último (um pouco abaixo dos cinco meses).

Do mesmo modo, 63,8% da procura imobiliária em Outubro foi orientada para apartamentos; 40,4% da procura imobiliária concentrou-se no distrito de Lisboa; 57,7% da procura residencial demonstrou-se interessada em arrendar; 50,8% da oferta imobiliária em Outubro encontra-se alicerçada em apartamentos; 27,2% da oferta imobiliária encontra-se localizada no distrito do Porto e 23,5% no distrito de Lisboa; e 88,0% da oferta residencial encontra-se vocacionada para o mercado de venda.

Desagregando o âmbito de análise no mês de Outubro, importa destacar as seguintes dinâmicas: 42% dos participantes no inquérito mencionou um aumento do produto em carteira (tanto em termos de valor, como em termos de volume) e 45% referiu uma sua manutenção em níveis do mês anterior; 46% dos inquiridos registou um aumento de visitas de potenciais interessados, sendo que apenas 11% mencionou uma eventual contracção deste indicador; 53% dos inquiridos observaram uma estabilização no que concerne à concretização das transacções e cerca de 34% dos profissionais mencionou inclusivamente um aumento dos negócios efectuados (destacando-se com o valor mais elevado desde o início da série); 51% das respostas obtidas apontam para um comportamento estável em termos da atividade imobiliária, valor que contrasta com os 12% de opiniões expressas que referem um decréscimo do dinamismo observado.

No que concerne a expectativas futuras de curto prazo e ao nível da evolução de preços, 65% dos inquiridos prevê a manutenção dos índices de confiança, sendo que 25% dos profissionais antecipa um eventual aumento dos valores de mercado. Colocando o foco no dinamismo da actividade, as expectativas de 53% dos inquiridos apontam para uma melhoria (optimismo superior ao mês anterior) e apenas 6% acredita numa hipotética deterioração das condições em que o mercado imobiliário actua.

De referir, em termos estruturais, que do total dos inquiridos, 70% centralizam-se nos distritos de Lisboa, Porto e Setúbal e que as empresas de mediação imobiliária inquiridas centram maioritariamente a sua actividade no segmento residencial (tal como seria de esperar).

O mercado imobiliário é influenciado por uma multiplicidade de estímulos, pelo que, no mês de Outubro, e seguindo a tendência de meses anteriores, destacaram-se os seguintes: a restritividade bancária, que registou uma representatividade de 52% (valor inferior ao registado nos últimos meses, mas que não é suficiente para se reportar uma qualquer descompressão na concessão de crédito à habitação por parte das instituições financeiras); a instabilidade no mercado de trabalho, com uma incidência de cerca de 49% das respostas obtidas (valor em linha com o reportado no mês de Setembro); e a diminuição do poder de compra, de acordo com 46% dos profissionais que participaram no inquérito.

Fonte: Magazine Imobiliário

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