O Governo vai manter o programa de atribuição de vistos de residência que está no centro de uma investigação que ontem realizou buscas em três Ministérios - Justiça, Administração Interna e Ambiente - e que conduziu à detenção de altas figuras do Estado, como o director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e o presidente do Instituto do Registos e Notariados.
"Se houve quem prevaricou, não haja complacência" mas "o programa dos vistos gold traz muito investimento ao país" e "é para continuar", garante fonte governamental ao Económico.
O visto gold permite a um cidadão fora da comunidade europeia obter uma autorização de residência em Portugal se cumprir um de três requisitos: transferência de capitais de pelo menos um milhão de euros, criação de pelo menos dez postos de trabalho ou aquisição de imóveis no valor mínimo de 500 mil euros.
"Portugal concorre nos vistos gold com mais de 10 países europeus" e é preciso "não confundir a floresta com árvores podres", sublinhou a mesma fonte governamental, referindo-se à investigação do Ministério Público que tem por base suspeitas de corrupção, peculato, tráfico de influências e branqueamento de capitais.
Nos dois anos terminados em Outubro passado fora atribuídos 1.775 vistos gold em Portugal, 1.429 dos quais a cidadãos chineses.
Fonte: Económico
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